sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ele deu Sua vida

Por isso, o Pai Me ama, porque Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. João 10:17, 18

William Barclay conta que durante a Primeira Guerra Mundial um jovem soldado francês foi gravemente ferido. O seu braço foi despedaçado e teve de ser amputado.

Ele era um moço bonito, em pleno vigor de sua masculinidade, e o cirurgião lamentou que o jovem tivesse de viver o restante de seus dias mutilado. O médico esperou ao lado do leito, até que o moço recuperasse a consciência, a fim de lhe dar a má notícia. Quando o rapaz abriu os olhos, o cirurgião lhe disse:

– Lamento dizer-lhe que você perdeu o braço!

– Senhor – respondeu ele –, eu não o perdi. Eu dei meu braço pela França!

Jesus Cristo também não perdeu a vida como vítima impotente da maldade humana. Ninguém poderia tirar-Lhe a vida se Ele não o permitisse. Ele poderia ter chamado em Sua defesa “mais de doze legiões de anjos” (Mt 26:53), mas não o fez, porque voluntariamente aceitou o plano divino de “dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28).

Ser maltratado e morto sem poder defender-se é uma coisa. Mas ser submetido aos maiores sofrimentos e humilhações tendo poder para libertar-se e destruir de uma só vez todos os agressores, e não o fazer, é outra bem diferente. Jesus poderia ter desistido, a qualquer momento, de morrer para nos salvar, mas cumpriu corajosamente Sua missão na Terra até o fim.

Por que Cristo precisou morrer para nos salvar? Porque “a rebelião de Adão resultou em pecado, condenação e morte para todos. Cristo inverteu a tendência descendente. Em Seu grande amor, submeteu-Se a Si próprio ao julgamento divino do pecado e tornou-Se o representante da humanidade. Sua morte substitutiva providenciou a libertação da penalidade do pecado e o dom da vida eterna para os pecadores arrependidos” (Nisto Cremos, p. 162).

Nosso Salvador tinha de ser plenamente Deus e plenamente homem – um mistério que escapa à nossa compreensão. Só Cristo poderia preencher essas condições. Como não podia morrer no Céu, onde tudo é vida, Ele veio à Terra, onde reina o “império da morte”. Para isso, “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1:14). Viveu aqui uma vida sem pecado, morreu e ressuscitou, estabelecendo para sempre uma ponte entre Deus e o ser humano. Devido à Sua vitória nós também podemos ser vencedores.

E esse sacrifício Ele o fez por amor, porque não deseja que ninguém se perca.

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