quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Perdoado e Aceito

Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Isaías 55:1


Embora Davi tivesse caído, o Senhor o levantou. Estava agora em mais completa harmonia com Deus e simpatia para com seus semelhantes do que antes de cair. No júbilo de seu livramento, cantou: “Confessei-Te o meu pecado, e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a maldade do meu pecado. [...] Tu és o lugar em que me escondo; Tu me preservas da angústia; Tu me cinges de alegres cantos de livramento” (Sl 32:5-7).

Muitos têm murmurado a respeito daquilo que chamam injustiça de Deus ao poupar Davi, cujo crime foi tão grande, após haver Ele rejeitado a Saul pelo que lhes parece ser pecados muito menos flagrantes. Mas Davi humilhou-se e confessou seu pecado, ao passo que Saul desprezou a reprovação, e endureceu o coração na impenitência.

Esse período da história de Davi está repleto de significação para o pecador arrependido. É uma das ilustrações mais flagrantes que nos são dadas das lutas e tentações da humanidade, do arrependimento genuíno para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Durante todos os séculos, tem-se mostrado uma fonte de animação às pessoas que, tendo caído em pecado, achavam-se a lutar sob o fardo de sua culpa. Milhares de filhos de Deus, quando traídos pelo pecado e prontos a entregar-se ao desespero, têm-se lembrado como o arrependimento e confissão sincera de Davi foram aceitos por Deus, não obstante sofrer ele pela sua transgressão[...]

Quem quer que, sob a reprovação de Deus, humilhe a alma com confissão e arrependimento, como fez Davi, pode estar certo de que há esperança para ele. Quem quer que com fé aceite as promessas de Deus, encontrará perdão. O Senhor nunca lançará fora uma pessoa verdadeiramente arrependida. Ele fez esta promessa: “Apodere-se da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo” (Is 27:5). “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Is 55:7) (PP, p. 726).

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Justiça de Cristo

Agora, pois, emendai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do Senhor, vosso Deus; então, se arrependerá o Senhor do mal que falou contra vós outros. Jeremias 26:13


Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua obediência prestada à lei, reclama para a pessoa arrependida, o mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente e do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o homem não é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar por meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.

Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele fazer? – Deve ir ter com Jesus, tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para que possa receber. Quando o desejo sincero levar os homens a pedir, eles não orarão em vão. O Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. O homem orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a oração ele misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Ele se manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam a afastar de Deus o coração. [...]

Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de todo crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como o noivo que se adorna com atavios, e como noiva que se enfeita com as suas jóias” (Is 61:10) (ME1, p. 393, 394).

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Espelho Divino

Bem pode ser que ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho; então, Me arrependerei do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações. Jeremias 26:3


O apóstolo Paulo escreveu: “Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Rm 7:7). [...] A lei que promete vida ao obediente pronuncia morte ao transgressor. “Por conseguinte”, diz ele, “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom” (v. 12).

Quão grande é o contraste entre essas palavras de Paulo e as palavras que vêm de muitos nos púlpitos de hoje. O povo é ensinado que a obediência à lei de Deus não é necessária para a salvação; que precisam apenas crer em Jesus, e serão salvos. Sem a lei os homens não têm verdadeira convicção do pecado, e não sentem necessidade de arrependimento. Não vendo a sua condição perdida, como transgressores da lei de Deus, não se compenetram da necessidade do sangue expiatório de Cristo como sua única esperança de salvação. [...]

Para enxergar sua culpa, o pecador deve testar seu caráter pelos grandes padrões de justiça de Deus. Para descobrir seus defeitos, deve olhar no espelho dos estatutos divinos. A lei revela ao homem os seus pecados, mas não provê remédio. Unicamente o evangelho de Cristo pode oferecer perdão. Deve ele exercer o arrependimento em relação a Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo, seu sacrifício expiatório.

Sem o verdadeiro arrependimento, não pode haver verdadeira conversão. Muitos são enganados aqui, e freqüentemente toda a sua experiência prova ser uma ilusão. Essa é a razão pela qual muitos dos que estão unidos à igreja nunca se uniram a Cristo. [...]

No novo nascimento o coração é renovado pela graça divina , e posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando essa poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. Terminou a velha vida de afastamento de Deus, começando a nova vida de reconciliação, de fé e amor. Então, “a justiça da lei” se cumpre “em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (v. 4) (SP4, p. 297, 298).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Dia da Expiação

Então, ouvi grande voz do Céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do Seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Apocalipse 12:10


Deus está tirando Seu povo das abominações do mundo, a fim de que guardem Sua lei; e, por causa disto, a ira do “acusador de nossos irmãos” não tem limites. “O diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12:10, 12).

A terra antitípica da promessa está precisamente diante de nós, e Satanás está resolvido a destruir o povo de Deus, e separá-lo de sua herança. O aviso: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14:38), nunca foi mais necessário do que hoje. Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo.

De igual modo, todos quantos desejem que seu nome seja conservado no livro da vida devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo, alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que insistem no predomínio.

A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um não suprirá a falta dessas qualidades em outro. Embora todas as nações devam passar em juízo perante Deus, examinará Ele o caso de cada indivíduo, com um exame tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser na Terra. [...]

Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: “Eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22:12) (GH, agosto de 1910).

domingo, 27 de dezembro de 2009

Trabalho Pelos Perdidos

E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 1 João 4:16


“Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor é, em nós, aperfeiçoado” (1Jo 4:12), e esse amor não pode ser refreado. [...] A lei de Deus só pode ser cumprida por homens e mulheres quando se tornam participantes da natureza divina. Apenas os que amam a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força, e ao seu próximo como a si mesmo, podem render glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade. Essa foi a obra de Cristo; e quando a Sua obra é apreciada e representada por Seus seguidores, grande resultado será alcançado na “alegria que lhe estava proposta” (Hb 12:2) na salvação das pessoas por quem deu a Sua vida.

O Senhor tem labutado incessantemente em todas as épocas para despertar no coração do ser humano uma compreensão de seu parentesco real, e assim estabelecer ordem e harmonia divinas proporcionais à grande e eterna libertação que proveu para todo que O receber.[...]

Essa é a única esperança de transformação de caráter; isso trará paz e alegria aos que crerem e os tornará aptos para a sociedade dos anjos celestiais no reino de Deus. Oh, quão sinceros, perseverantes e incansáveis devem ser os esforços de cada pessoa perdoada em procurar levar outros a Jesus Cristo, para que seu semelhante possa ser co-herdeiro com Jesus!

Seja quem for o seu próximo, você deve buscá-lo e trabalhar por ele. São eles ignorantes? Que a sua comunicação e amizade os tornem mais inteligentes. Os rejeitados, os jovens, cheios de defeitos de caráter, são exatamente os que Deus nos ordena que ajudemos. “Não vim chamar justos”, disse Jesus, “e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc 5:32). [...]

Os que forem humildes o suficiente para aprender, a própria nobreza do mundo considerará uma honra ir para o Céu em sua companhia, e os anjos de Deus cooperarão com tais obreiros juntamente com Deus. Precisamos ter fome e sede de justiça, para que possamos ter Cristo em nós como uma fonte de água, jorrando para a vida eterna (SI, p. 4-6).

sábado, 26 de dezembro de 2009

Refletindo Sua Glória

O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados. Isaías 61:1


O Senhor não Se agrada em que o Seu povo seja um grupo de lamentadores. Quer que se arrependam de seus pecados, para que fruam a liberdade dos filhos de Deus. Então se encherão dos louvores de Deus, e serão uma bênção aos outros. O Senhor Jesus foi ungido também para “ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado” (Is 61:3). [...]

Oh, fosse este o propósito de nossa vida! Então haveríamos de cuidar mesmo da expressão de nosso rosto, nossas palavras, e mesmo do tom de nossa voz ao falarmos. Todas as nossas negociações comerciais seriam feitas em fé e integridade. Então o mundo se convenceria de que há um povo que é leal ao Deus do Céu. [...]

Deus convida todos a se harmonizarem com Ele. Ele os receberá se abandonarem suas ações malignas. Pela união com a natureza de Cristo, escaparão das corruptoras influências deste mundo. É tempo de cada um de nós decidir o lado em que nos achamos. Os instrumentos de Satanás trabalharão com toda mente que permitir ser trabalhada por ele. Há, porém, agentes celestiais esperando para comunicar os brilhantes raios da glória de Deus a todos quantos estiverem dispostos a recebê-lo. O que queremos é a verdade, a preciosa verdade em toda a sua graça. A verdade trará liberdade e alegria (SDABC4, p. 1153, 1154).

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Jesus Paga o Débito

Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Romanos 2:4


Entre os discípulos que ministraram a Paulo em Roma estava Onésimo, um escravo fugitivo da cidade de Colosso. Ele pertencia a um cristão chamado Filemom, membro da igreja colossense. Mas ele havia roubado seu mestre e fugido para Roma. [...] Na bondade de seu coração, Paulo procurou aliviar a pobreza e angústia do desventurado fugitivo, e em seguida procurou derramar a luz da verdade em sua mente obscurecida. Onésimo ouviu as palavras da vida, confessou seus pecados e foi convertido à fé em Cristo. Ele agora confessou seu pecado contra o mestre, e com gratidão aceitou o conselho do apóstolo.

Onésimo tornou-se caro a Paulo por sua piedade e sinceridade, não menos que por seu terno cuidado pelo conforto do apóstolo, e seu zelo em promover a obra do evangelho. Paulo viu nele traços de caráter que poderiam torná-lo útil auxiliar no labor missionário, e com alegria o manteria em Roma. Não faria isto, porém, sem o pleno consentimento de Filemom.

Assim ele decidiu que Onésimo deveria voltar ao seu mestre. [...] Era uma severa prova esta para o servo, apresentar-se ao senhor a quem havia lesado, mas havia sido convertido de verdade, e não se furtou a este dever. Paulo tornou Onésimo portador de uma carta a Filemom, na qual, com seu usual tato e bondade, o apóstolo pleiteava a causa do servo arrependido, e manifestava o desejo de retê-lo para seu serviço no futuro. [...]

Ele pediu a Filemom que o recebesse como seu próprio filho. Disse que era seu desejo conservar Onésimo, para que pudesse cumprir a mesma parte de servi-lo em suas algemas, como Filemom o teria feito. Mas não desejaria seus serviços a menos que Filemom, voluntariamente, lhe concedesse a liberdade, pois poderia estar de acordo com a providência divina que Onésimo tivesse deixado seu mestre por algum tempo de modo tão impróprio, para que, sendo convertido, pudesse em seu retorno ser perdoado e recebido com tanta afeição que escolheria habitar com ele para sempre, “não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo” (Fm 1:16). [...]

Quão apropriadamente isto ilustra o amor de Cristo. (PAF, p. 284-287).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fuja dos Extremos

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9


Quem vive pela fé em Cristo não deseja maior bem do que conhecer e atender à vontade de Deus. É a vontade de que a fé em Cristo seja aperfeiçoada pelas obras. Ele une a salvação e a vida eterna dos crentes a essas obras, e através delas providencia para que a luz da verdade chegue a todas as nações e povos. Isso é fruto da operação do Espírito de Deus.

A verdade se apossou dos corações. Isso não é um impulso espasmódico, mas um retorno real ao Senhor, onde a perversa vontade do homem é levada em sujeição à vontade de Deus. Roubar a Deus nos dízimos e ofertas é uma transgressão da clara ordem de Jeová e produz o maior prejuízo àquele que age assim, pois priva-o da bênção de Deus que é prometida aos que tratam honestamente com Ele. [...]

Se Satanás não consegue prender as pessoas no gelo da indiferença, ele procurará impeli-las para o fogo do fanatismo. Quando o Espírito do Senhor Se faz notar entre o Seu povo, o inimigo aproveita a oportunidade para também atuar sobre várias mentes, levando-as a misturar seus próprios traços de caráter peculiares com a obra de Deus. Assim, sempre há o perigo de que eles permitam que suas idéias se misturem com a obra e se tomem resoluções imprudentes. Muitos se empenham numa obra por eles mesmos idealizada, e que não é inspirada por Deus. [...]

E o inimigo puder levar indivíduos a extremos, ele fica bem satisfeito. Ele pode assim produzir maior dano do que se não houvesse um despertamento religioso. Sabemos que nunca houve um empenho espiritual no qual Satanás não tenha tentado fazer seu melhor para entremeter-se; nestes últimos dias ele fará isso como nunca antes. [...]

O coração que se acha sob a influência do Espírito de Deus estará em doce harmonia com Sua vontade. Foi-me mostrado que quando o Senhor atua através de Seu Espírito, nada há nessas demonstrações que degrade o povo do Senhor perante o mundo, mas, pelo contrário, o exalta. A religião de Cristo não torna ásperos e rudes aqueles que a seguem. Os súditos da graça não são intratáveis, mas sempre dispostos a aprender de Jesus e se aconselharem uns com os outros (T5, p. 644-647).

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Atração de Cristo

Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim mesmo. João 12:31, 32


Cristo veio para manifestar o amor de Deus ao mundo, para atrair a Si o coração de todos os homens. [...] O primeiro passo rumo da salvação é corresponder à atração do amor de Cristo. Deus envia aos homens mensagem após mensagem, instando com eles para que se arrependam, a fim de que os possa perdoar, escrevendo “perdão” junto de seus nomes. Não haverá arrependimento? Ficarão sem ser atendidos os Seus apelos? Deverão ser passadas por alto as Suas propostas de misericórdia, inteiramente rejeitado o Seu amor?

Oh! neste caso o homem se excluirá do meio pelo qual pode ele alcançar a vida eterna, pois Deus só perdoa ao penitente! Pela manifestação do Seu amor, pela súplica de Seu Espírito, Ele convida o homem ao arrependimento; pois o arrependimento é dom de Deus, e aquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A mais doce alegria sobrevém ao homem mediante seu sincero arrependimento para com Deus, pela transgressão de Sua lei, e mediante a fé em Cristo como Redentor e Advogado do pecador.

É para que os homens compreendam a alegria do perdão e da paz de Deus que Cristo os atrai mediante a manifestação de Seu amor. Se correspondem à Sua atração, rendendo o coração a Sua graça, Ele os guiará passo a passo, a um pleno conhecimento dEle, e isto é vida eterna.

Cristo veio para revelar ao pecador a justiça e o amor de Deus, a fim de que desse Ele arrependimento e remissão de pecados a Israel. Quando o pecador contempla a Jesus erguido na cruz, sofrendo a culpa do transgressor, suportando a pena do pecado; quando ele contempla o aborrecimento de Deus ao pecado, na terrível manifestação da morte na cruz, e Seu amor pelo homem caído, ele é levado ao arrependimento para com Deus por haver transgredido a lei, que é santa, justa e boa. Exerce ele fé em Cristo, por haver o divino Salvador Se tornado seu substituto, seu penhor e advogado, aquele em quem se concentra sua própria vida. Ao pecador arrependido pode Deus mostrar Sua misericórdia e verdade, e conceder-lhe Seu perdão e amor. (ME1, p. 323-325).

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Deus Recebe Aquele que se Arrepende

Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus. Ezequiel 11:19, 20


O Senhor revelou aí de modo muito claro Sua vontade com respeito à salvação do pecador. A atitude que muitos tomam em expressar dúvidas e descrença se o Senhor os salvará é uma reflexão sobre o caráter de Deus. Aqueles que reclamam de Sua severidade estão virtualmente dizendo: “O caminho do Senhor não é justo.” Mas Ele faz retornar a acusação ao pecador: “Não são os vossos caminhos torcidos?” (Ez 18:29). Posso Eu perdoar suas transgressões quando vocês não se arrependem e se desviam de seus pecados? [...]

O Senhor acolherá o pecador quando ele se arrepender e abandonar seus pecados, a fim de que Deus possa cooperar com seus esforços na busca da perfeição de caráter. [...] O propósito integral de Deus em dar Seu Filho pelos pecados do mundo é que o homem seja salvo não em transgressão e injustiça, mas abandonando o pecado, lavando suas vestes de caráter, tornando-as alvas no sangue do Cordeiro. Ele Se propõe a remover do homem as coisas ofensivas que odeia, mas o homem precisa cooperar com Deus nessa obra. O pecado precisa ser deixado, odiado, e a justiça de Cristo aceita pela fé. Dessa maneira, o divino coopera com o humano.

Deveríamos tomar cuidado para não dar lugar à dúvida e incredulidade, e em nosso desespero queixarmo-nos de Deus e dEle dar uma impressão falsa perante o mundo. Isso equivale a nos colocarmos do lado de Satanás. Ele diz: “Pobres almas, eu tenho piedade de vocês, afligindo-se sob o pecado, mas Deus não Se compadece. Vocês anseiam por um raio de esperança, porém Deus os deixou a perecer e fica satisfeito com sua miséria.”

Esse é um terrível engano. Não dêem ouvidos ao tentador, mas digam: “Jesus morreu para que eu pudesse viver. Ele me ama e não quer que eu pereça. Tenho um compassivo Pai celestial, e embora tenha abusado de Seu amor e dissipado as bênçãos que Ele graciosamente me concedeu, me levantarei, irei ter com meu Pai e direi: ‘Pequei e não sou digno de ser chamado Seu filho; faz-me como um dos Seus servos assalariados’” (T5, p. 631, 632).

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Viver Santificado

Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito. Gênesis 18:19


O plano de Deus para a nossa salvação é perfeito em todo aspecto. Se cumprirmos fielmente a parte que nos corresponde, tudo irá bem conosco. É a nossa apostasia que causa discórdia e traz miséria e ruína. Deus nunca usa Seu poder para oprimir as criaturas de Suas mãos. Ele nunca requer mais do que podem desempenhar. Nunca pune Seus filhos desobedientes mais do que é necessário para levá-los ao arrependimento, ou para impedir que outros sigam seu exemplo. A rebelião contra Deus é indesculpável.

Os julgamentos de Deus prontamente após a transgressão, Seus conselhos e reprovações, as manifestações de Seu amor e misericórdia, e as exibições do Seu poder freqüentemente repetidas – todos são parte do plano de Deus para preservar Seu povo do pecado, para torná-lo puro e santo, para que Ele seja sua força e proteção e sua extraordinariamente grande recompensa. Mas as persistentes transgressões dos israelitas, sua prontidão em desviar-se de Deus e o esquecimento de Suas misericórdias, mostraram que muitos escolheram ser servos do pecado em vez de filhos do Altíssimo.

Deus os criara, Cristo os redimira. Da casa da escravidão seu clamor de angústia subiu ao trono de Deus, e Ele estendeu Seu braço para os resgatar, por amor a eles, trazendo desolação sobre toda a terra do Egito. Ele lhes concedeu grandes honras. Fez deles Seu povo peculiar, e derramou sobre eles incontáveis bênçãos. Se Lhe tivessem obedecido, Ele os teria tornado uma nação poderosa – um louvor e excelência em toda a Terra. Deus planejou exaltar Seu nome através do Seu povo escolhido, mostrando a grande diferença que existe entre o justo e o ímpio, os servos de Deus e os adoradores de ídolos. [...]

Se o favor de Deus valia alguma coisa, valia tudo. Assim Josué decidiu; e depois de pesar toda a questão, determinou servi-Lo com todo o propósito do coração. Mais que isso, se esforçaria por influenciar sua família a seguir o mesmo rumo (ST, 19/5/1881).

domingo, 20 de dezembro de 2009

Arrependimento e Perdão

Deus, porém, com a Sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. Atos 5:31


Muitos há que possuem idéias errôneas a respeito da natureza do arrependimento. Pensam que não podem chegar a Cristo sem primeiro arrepender-se e que é o arrependimento que os prepara para o perdão de seus pecados. É certo que o arrependimento precede o perdão dos pecados, pois unicamente o coração quebrantado e contrito é que sente a necessidade de um Salvador. [...]

Ao contemplarmos o Cordeiro de Deus sobre a cruz do Calvário, começa a desdobrar-se ao nosso espírito o mistério da redenção, e a bondade de Deus nos leva ao arrependimento.

Embora o plano da salvação requeira o mais profundo estudo do filósofo, não é profundo demais para a compreensão de uma criança. Morrendo pelos pecadores, Cristo manifestou um amor que é incompreensível; e esse amor, ao ser contemplado pelo pecador, abranda-lhe o coração, impressiona-lhe o espírito e inspira-lhe à alma contrição. “Que é o pecado, que devesse exigir tão grande sacrifício pela redenção de sua vítima? [...]” O apóstolo Paulo deu instruções a respeito do plano da salvação. Ele declarou: “Jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20:20, 21). Falando do Salvador, João declara: “Sabeis também que Ele Se manifestou para tirar os pecados, e nEle não existe pecado” (1Jo 3:5). [...]

Os pecadores devem ir a Cristo para que sejam capazes de se arrepender, pois O vêem como seu Salvador, seu único auxílio; se pudessem se arrepender sem ir a Cristo, poderiam também ser salvos sem Cristo. É a virtude que emana de Cristo, que conduz ao genuíno arrependimento. [...] O arrependimento é um dom de Cristo tanto quanto o perdão, e não pode ser encontrado no coração em que Cristo não atuou. Assim como não podemos alcançar perdão sem Cristo, também não podemos arrepender-nos sem que o Espírito de Cristo nos desperte a consciência. Cristo atrai o pecado através da manifestação de Seu amor na cruz, e abranda-lhe o coração, impressiona-lhe o espírito e inspira-lhe à alma contrição e arrependimento (RH, 1º/4/1890).

sábado, 19 de dezembro de 2009

Mudança de Caráter

Portanto, Eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Ezequiel 18:30


O instruído Nicodemos lera essas penetrantes profecias [Sl 51:10-13; Ez 36:26, 27] com a mente anuviada, mas agora começou a compreender o seu verdadeiro significado, e a entender que até mesmo um homem tão justo e honrado como ele precisava experimentar um novo nascimento através de Jesus Cristo, como a única condição pela qual poderia ser salvo e garantir a entrada no Reino de Deus. Jesus disse positivamente que a menos que uma pessoa nascesse de novo não poderia discernir o reino que Cristo veio à Terra para estabelecer. Perfeita exatidão na obediência à lei conferirá ao homem direito de entrar no reino do Céu.

Haverá um novo nascimento, uma nova mente pela atuação do Espírito de Deus, que purifica a vida e enobrece o caráter. Essa ligação com Deus habilita o homem para o glorioso reino do Céu. Nenhuma invenção humana pode jamais encontrar um remédio para o pecador. Unicamente por meio de arrependimento e humilhação, e submissão às exigências divinas, pode a obra da graça ser realizada. [...]

Nada menos que aceitação e aplicação prática da verdade divina abrem o Reino de Deus ao ser humano. Somente um coração puro e humilde, obediente e amorável, firme na fé e no serviço do Altíssimo, pode entrar ali. [...]

A serpente no deserto foi levantada em uma estaca perante o povo, para que todo que tivesse sido picado para a morte pela inflamada serpente pudesse contemplar a serpente de bronze, símbolo de Cristo, e ser imediatamente curado. Mas deviam olhar com fé, ou não teria proveito algum. Do mesmo modo as pessoas hoje devem olhar para o Filho do homem como seu Salvador para a vida eterna. O ser humano se separou de Deus pelo pecado. Cristo trouxe à Terra Sua divindade, coberta pela humanidade, para resgatar os seres humanos de sua perdida condição. A natureza humana é vil, e o caráter deve ser transformado antes de se harmonizar com o que é puro e santo no reino imortal de Deus. Essa transformação é o novo nascimento (ST, 15/11/1883).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Crescimento Constante

Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve. 2 Coríntios 12:6


Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a Ele – pela graça de Deus devem formar caráter em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isto é santificação bíblica.

Essa obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. [...] O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: “Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15:57).

As Escrituras claramente revelam que a obra da santificação é progressiva. Quando na conversão o pecador acha paz com Deus mediante o sangue expiatório, apenas iniciou a vida cristã. [...]

Pedro nos apresenta os passos por que a santificação bíblica deve ser atingida: “Pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade [...] porque fazendo isto nunca jamais tropeçareis” (2Pe 1:5-10).

Os que experimentam a santificação bíblica manifestarão um espírito de humildade. Como Moisés, depois de contemplarem a augusta e majestosa santidade, vêem a sua própria indignidade contrastando com a pureza e excelsa perfeição do Ser infinito. O profeta Daniel é um exemplo da verdadeira santificação. Seus longos anos foram cheios de nobre serviço a seu Mestre. Foi um homem “mui desejado” do Céu (Dn 10:11). [...]

Não pode haver exaltação própria, jactanciosa pretensão à libertação do pecado, por parte dos que andam à sombra da cruz do Calvário. Sentem eles que foi seu pecado o causador da agonia que quebrantou o coração do Filho de Deus, e esse pensamento os levará à humilhação própria. Os que mais perto vivem de Jesus, mais claramente discernem a fragilidade e pecaminosidade do ser humano, e sua única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido (GC, p. 469-472).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Grande Controvérsia se Intensifica

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade. Porque nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento. 2 Coríntios 13:8, 9


Deus designou apóstolos, pastores, evangelistas e professores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé. Deus declara a Seu povo: “Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus” (1Co 3:9). [...]

Os que querem trabalhar para Deus devem fazê-lo inteligentemente para suprir as deficiências em si mesmos e glorificar o Senhor Deus de Israel por permanecerem na luz e trabalharem à luz do Sol da Justiça. Assim conduzirão eles a igreja para a frente, para cima e rumo ao Céu, tornando cada vez mais distinta a sua separação do mundo.

Ao assemelharem seu caráter ao Modelo divino, não guardarão os homens a sua própria dignidade pessoal. Com cioso, insone, amável e devotado interesse, protegerão eles o sagrado interesse da igreja contra os males que ameaçam toldar e obscurecer a glória que Deus deseja que dela irradie. [...]

Nunca haverá um tempo na história da igreja em que o obreiro de Deus possa cruzar os braços e ficar à vontade, dizendo: “Há paz e segurança” (1Ts 5:3). Então é que vem a repentina destruição. Tudo se pode mover para a frente em meio a aparente prosperidade, mas Satanás está bem desperto, e está estudando e se aconselhando com seus anjos maus no sentido de descobrir outro modo de ataque em que possa ter êxito. A luta se tornará cada vez mais feroz da parte de Satanás, pois ele é movido por um poder inferior.

Ao avançar a obra do povo de Deus com santificada e irresistível energia, implantando na igreja o estandarte da justiça de Cristo, movida por um poder que vem do trono de Deus, a grande controvérsia se tornará cada vez mais forte, e se tornará cada vez mais determinada. Mente se aparelhará contra mente, plano contra plano, princípios de origem celestial contra princípios de Satanás. A verdade em seus variados aspectos estará em conflito com o erro em suas formas sempre variadas e crescentes, e que, se possível, enganariam os próprios escolhidos (TM, p. 406, 407).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Olhe Para Jesus

Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Lucas 12:42, 43


Espero que ninguém fique com a idéia de que está obtendo o favor de Deus por confessar a seres humanos. Tem de haver na vida aquela fé que atua por amor e purifica a vida. O amor de Cristo subjugará as tendências sensuais. A verdade não só traz em si mesma a evidência de sua origem celestial, mas prova que, pela graça do Espírito de Deus, ela é eficaz na purificação da alma. O Senhor deseja que recorramos a Ele diariamente, com todas as nossas dificuldades e confissões de pecado, e Ele pode dar-nos descanso ao usarmos Seu jugo e levarmos Seu fardo. Seu Santo Espírito, com Sua afável influência, encherá o coração, e cada pensamento será levado cativo à obediência de Cristo.

Agora estou temerosa de que, por algum erro de sua parte, a bênção de Deus que lhes foi dada [...] se torne em maldição; que alguma falsa idéia venha à tona, fazendo-os, em poucos meses, ficar em pior condição do que antes do reavivamento. Se vocês não permanecerem vigilantes, aparecerão sob a pior luz possível diante dos incrédulos. Deus não seria glorificado com esse tipo de serviço espasmódico. Sejam cuidadosos para não levar as coisas a extremos e atrair permanente censura sobre a preciosa causa de Deus. A falha que muitos cometem é de, após terem sido abençoados por Deus, não buscarem, na humildade de Cristo, ser uma bênção aos outros. [...]

Não olhe para os homens nem ponha sua esperança neles, achando que são infalíveis, mas contemple a Jesus constantemente. Confesse seus pecados secretos somente a seu Deus. Confesse os descaminhos de seu coração Àquele que sabe perfeitamente como tratar seu caso. Se você tem defraudado seu próximo, reconheça o pecado [...] e mostre o fruto desse reconhecimento fazendo a restituição. Então reclame a bênção. Venha a Deus assim como está, e O deixe curar todas as suas enfermidades. Apresente o seu caso diante do trono da graça; deixe que a obra se complete. Seja sincero no trato com Deus e com sua alma. Se vier a Ele com o coração verdadeiramente contrito, Ele lhe dará a vitória (T5, p. 648, 649).

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Trabalho Diligente

Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da Minha palavra. Isaías 66:2


Em Sua Palavra Deus nos indicou a única maneira pela qual deve ser realizada esta obra. Devemos efetuar um trabalho diligente e fiel, labutando pelas pessoas como quem deve prestar contas. “Arrependei-vos, arrependei-vos” era a mensagem proclamada por João no deserto. [...]

A mensagem de Cristo ao povo era: “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13:5). E os apóstolos receberam a ordem de pregar por toda parte que os homens deviam arrepender-se. O Senhor quer que os Seus servos preguem hoje em dia a antiga doutrina evangélica de tristeza pelo pecado, arrependimento e confissão. Precisamos de sermões à moda antiga, costumes à moda antiga, pais e mães à moda antiga, em Israel, que tenham a ternura de Cristo.

Deve-se labutar perseverante, fervorosa e sabiamente pelo pecador, até que ele veja que é transgressor da lei de Deus e manifeste arrependimento para com Deus e fé para com o Senhor Jesus Cristo. Quando o pecador está ciente de sua condição desamparada e sente necessidade de um Salvador, ele pode chegar-se com fé e esperança ao “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Cristo aceitará a pessoa que vem ter com Ele em verdadeiro arrependimento. Ele não desprezará o coração quebrantado e contrito.

O grito de combate está soando ao longo da linha. Avance todo soldado da cruz, não em auto-suficiência, mas em mansidão e humildade de coração. A sua obra e a minha obra não cessarão nesta vida. Por um pouco de tempo poderemos descansar na sepultura; mas, quando vier o chamado, continuaremos nossa obra no reino de Deus para o progresso da glória de Cristo. Essa santa obra deve ser iniciada na Terra. Não devemos considerar nosso próprio prazer ou conveniência. Nossa pergunta deve ser: Que posso fazer para levar outros a Cristo? Como posso tornar conhecido aos outros o amor de Deus que excede todo entendimento? (ST, 27/12/1899).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pedra Polida

Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para Se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nEle esperam. Isaías 30:18


O evangelho destina-se a todos, e reunirá, como membros de igreja, homens e mulheres diferentes na educação, no caráter e na disposição. Entre esses haverá alguns que são naturalmente negligentes, que julgam ser a ordem orgulho, e que não é necessário ser tão exigentes. Deus não descerá a suas baixas normas. Ele lhes deu provações e instruções necessárias em Sua Palavra, e requer que sejam transformados a um caráter perfeito e santo. [...]

O povo de Deus tem alta e santa vocação. São representantes de Cristo. Paulo dirige-se à igreja de Corinto como àqueles que “são santificados em Cristo Jesus, chamados santos” (1Co 1:2). [...] Diz Pedro: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).

Essas passagens foram planejadas para impressionar a mente com o sagrado e exaltado caráter da obra de Deus, e com a elevada e santa posição que Seu povo deve ocupar. Poderiam essas coisas ser ditas dos que não procuram ser refinados pela verdade?

O templo judaico foi construído de pedras cortadas e alisadas, das montanhas; e cada pedra foi adaptada ao lugar que lhe era destinado no templo, cortada, polida e provada antes de ser levada a Jerusalém. E quando todas foram levadas ao local, o edifício foi formado sem som de machado ou martelo. Esse edifício representa o templo espiritual de Deus, composto de material reunido de toda nação e língua e povo, de todas as classes, altas e baixas, ricas e pobres, cultas e ignorantes. Essas não são substâncias mortas, a serem adaptadas com martelo e cinzel. São pedras vivas tiradas da pedreira do mundo pela verdade; e o grande Construtor-Mestre, o Senhor do templo, está agora cortando-as e polindo-as, e ajustando-as a seus respectivos lugares no templo espiritual. Quando completos, esse templo será perfeito em todas as partes, a admiração dos anjos e dos homens; pois seu artífice e construtor é Deus. Verdadeiramente, os que devem formar esse glorioso edifício são “chamados santos” (RH, 6/5/1884).

domingo, 13 de dezembro de 2009

Os Ideais de Cristo

Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força. Isaías 30:15


O Senhor reconhecerá cada esforço que faz por alcançar o Seu ideal para com você. Quando comete um erro, quando é traído em pecado, não julgue que não poderá orar, que não é digno de vir perante o Senhor. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1). Com os braços abertos aguarda o filho pródigo e o acolhe. [...]

Provações hão de sobrevir. Assim é que o Senhor refina a rudeza de seu caráter. Não murmure. Lamentando-se, torna mais difícil a provação. Honre a Deus com uma submissão bem disposta. Suporte pacientemente a pressão. Ainda que lhe tenha sido feito algum mal, conserve o amor de Deus no coração. [...]

As palavras são impotentes para descrever a paz e a alegria possuídas por aquele que pega a Deus em Sua Palavra. As provações não o perturbam, os desprezos não o afligem. O eu está crucificado. Dia a dia pode-se tornar mais pesados os seus deveres, suas tentações mais fortes, mais rigorosas as suas provações; ele, porém, não vacila; pois recebe força proporcional à sua necessidade (MJ, p. 97, 98).

Cristo, porém, não nos deu garantia alguma de que é fácil alcançar perfeição de caráter. Não se herda caráter perfeito e nobre. Não o recebemos por acaso. O caráter nobre é ganho por esforço individual mediante os méritos e a graça de Cristo. Deus dá os talentos e as faculdades mentais; nós formamos o caráter. É formado por combates árduos e relutantes com o próprio eu. As tendências herdadas devem ser banidas por um conflito após outro. Devemos esquadrinhar-nos detidamente e não permitir que permaneça traço algum incorreto.

Ninguém diga: Não posso corrigir meus defeitos de caráter. Se chegardes a essa decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em nossa própria vontade. Se não quiser não vencerá. A dificuldade real vem da corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se submeter à direção de Deus (PJ, p. 331).

sábado, 12 de dezembro de 2009

Arrependimento Para Salvação

Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. 2 Coríntios 7:10


O amor de Deus nunca induzirá a fazer parecer insignificante o pecado; nunca encobrirá ou desculpará uma ofensa não confessada. Adão aprendeu demasiado tarde que a lei de Deus, como o seu Autor, é imutável. Tem que ver com todos os nossos atos, pensamentos e sentimentos. Acompanha-nos, e atinge todo motivo secreto de ação. Condescendendo com o pecado, os homens são levados a considerar levianamente a lei de Deus. Muitos escondem suas transgressões dos semelhantes, e se lisonjeiam com o pensamento de que Deus não será estrito em notar a iniqüidade.

Sua lei, porém, é a grande norma de justiça, e com ela deve ser julgado todo ato da vida naquele dia em que Deus trará a juízo toda obra, com tudo quanto é secreto, seja bom, seja mau. A pureza do coração conduzirá à pureza da vida. Vãs são todas as desculpas para o pecado. Quem poderá pleitear pelo pecador quando Deus testificar contra ele? (FF, p. 214).

Genuíno arrependimento provém do senso do caráter repulsivo do pecado. Essas confissões gerais não constituem o fruto de verdadeira submissão diante de Deus. Deixam o pecador com um espírito orgulhoso para prosseguir como antes, até que sua consciência fique endurecida e as advertências que outrora tendiam a despertá-lo dificilmente produzam uma sensação de perigo, e, depois de algum tempo, sua conduta pecaminosa parece ser correta. Quando for demasiado tarde, seus pecados irão desmascará-lo, naquele dia em que nunca mais serão expiados com sacrifício nem com oferta. Há grande diferença entre admitir fatos depois de estarem provados e confessar pecados conhecidos unicamente por nós mesmos e Deus (DD, p. 132).

Acã, o indivíduo culpado, não sentiu o fardo. Aceitou-o com frieza. Nada encontramos no relato que signifique que ele sentiu pesar. [...]

A confissão de Acã, embora tarde demais para prover-lhe qualquer virtude salvadora, inocentava, entretanto, o caráter de Deus em Sua maneira de agir com ele, e fechou a porta da tentação que tão freqüentemente assaltava os filhos de Israel, de encarregarem os servos de Deus da obra que o próprio Deus lhes ordenara que cumprissem (SDABC2, p. 997).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Proteção Contra o Engano

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Marcos 14:38


Homens que professam ter nova luz, pretendendo ser reformadores, terão grande influência sobre certa classe de pessoas convencidas das heresias que existem no século presente, e que não estão satisfeitas com a condição espiritual das igrejas. Com coração verdadeiro e sincero, desejam estas ver uma mudança para melhor, no sentido de alcançar-se uma norma mais alta. Se os fiéis servos de Cristo apresentassem a essa classe a verdade pura e cristalina, a aceitariam e se purificariam pela obediência a ela. Mas Satanás, sempre vigilante, persegue os rastos dessas pessoas indagadoras. Alguém vai falar com elas, como se fosse um verdadeiro reformador, do mesmo modo que Satanás acercou-se de Cristo, disfarçado em anjo de luz, e as atrai ainda para mais longe do caminho da justiça.

A infelicidade e degradação que vêm após a licenciosidade, não podem ser avaliadas. O mundo está contaminado por seus habitantes. Quase que encheram a medida de sua iniqüidade; mas o que trará a mais pesada retribuição é a prática do pecado sob o disfarce da piedade. O Redentor do mundo nunca repele o arrependimento verdadeiro, por grande que seja a culpa; mas Ele lança ardentes acusações contra os fariseus e os hipócritas. Há mais esperança para o pecador aberto, do que para essa classe. [...]


Nesta época de corrupção, quando nosso adversário, o diabo, anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar, vejo a necessidade de erguer minha voz em advertência: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14:38). Há muitos que possuem talentos brilhantes, e que os devotam impiamente ao serviço de Satanás. [...] Muitos deles acariciam pensamentos impuros, imaginações ímpias, desejos não santificados e vis paixões. Deus aborrece o fruto produzido em semelhante árvore. Anjos, puros e santos, olham com aversão o seu procedimento, enquanto Satanás exulta.

Oh! que os homens e mulheres considerassem o que se ganha pela transgressão da lei de Deus! Sob toda e qualquer circunstância, a transgressão é desonra a Deus e maldição ao homem. Assim a devemos considerar, por lindo que seja seu disfarce e seja quem for que a pratique (T5, p. 144-146).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Humanidade Aliada à Divindade

Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, O dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Mateus 3:13-15


Ao cumprir “toda a justiça”, Cristo não veio acabar com a justiça. Ele cumpriu todos os requisitos de Deus em arrependimento, fé e batismo, os passos em graça na genuína conversão. Em Sua humanidade Cristo preencheu a medida das exigências da lei. Ele foi o cabeça da humanidade, seu substituto e fiador. Ao unir sua fraqueza com a natureza divina de Cristo, os seres humanos podem se tornar participantes do Seu caráter.

Cristo veio para dar exemplo da perfeita conformidade com a lei de Deus, requerida de todos – desde Adão, o primeiro homem, até ao último homem que viver na Terra. Ele declarou que Sua missão não era destruir a lei, mas cumpri-la em perfeita e integral obediência.

Dessa maneira Ele engrandeceu a lei e a fez gloriosa. Em Sua vida revelou Ele sua natureza espiritual. À vista dos seres celestiais, dos mundos não caídos, e de um mundo desobediente, ingrato e profano, Ele cumpriu os vastos princípios da lei. Ele veio para demonstrar que a humanidade, unida à divindade por viva fé, pode guardar todos os mandamentos de Deus.

As ofertas típicas apontavam para Cristo, e quando o sacrifício perfeito foi feito, as ofertas sacrificais não mais eram aceitas por Deus. O tipo encontrou-se com o antítipo na morte do Filho Unigênito de Deus. Ele veio para tornar claro o imutável caráter da lei, para declarar que a desobediência e a transgressão jamais podem ser premiadas com a vida eterna. Veio para a humanidade como homem, para que a humanidade pudesse tocar a humanidade.

De modo algum, porém, Ele veio diminuir as obrigações dos mortais de serem perfeitamente obedientes. Ele não destruiu a validade do Antigo Testamento. Cumpriu aquilo que foi predito pelo próprio Deus. Ele não veio libertar o ser humano da lei: veio abrir um caminho através do qual pudessem obedecer à lei e ensinar outros a fazerem o mesmo (MR10, p. 2912, 293).

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Arrependimento Autêntico

Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Atos 2:37, 38


Como pode alguém ser justo diante de Deus? Como pode o pecador ser justificado? É unicamente por meio de Cristo que podemos ser postos em harmonia com Deus, com a santidade; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos fazem hoje a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecostes, quando, convencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?” (At 2:37). A primeira palavra da resposta de Pedro foi: “Arrependei-vos” (v. 38). [...] E convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (At 3:19).

O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em nós uma mudança real da vida.

Muitos há que não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Multidões de pessoas se entristecem pelos seus pecados, efetuando mesmo exteriormente uma reforma, porque receiam que seu mau procedimento lhes traga sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o sentido que lhe dá a Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio pecado. Tal foi a tristeza de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito da primogenitura. [...]

Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: “Pequei, traindo sangue inocente” (Mt 27:4). A confissão foi arrancada de sua alma culpada, por uma horrível consciência de condenação e temerosa expectação do juízo. As conseqüências que o aguardavam enchiam-no de terror; mas não houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. [...] Todos esses lamentaram as conseqüências do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado.

Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. [...] O pecador [...] vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; [e] anseia por ser purificado e reintegrado na comunhão do Céu (CC, p. 23, 24).

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Conversão e Mudança

No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano. Efésios 4:22


Deus agora o convida ao arrependimento, a ser zeloso em fazer a obra. Sua felicidade eterna será determinada pelo rumo que agora tomar. Pode você rejeitar os convites de misericórdia agora oferecidos? Pode escolher os próprios caminhos? Acariciará orgulho e vaidade e afinal perderá a vida eterna? A Palavra de Deus claramente nos afirma que poucos serão salvos, e que a grande maioria que foi chamada se provará indigna da vida eterna. Não têm parte no Céu, mas receberão sua recompensa com Satanás e experimentarão a segunda morte.

Homens e mulheres podem escapar à ruína se quiserem. É verdade que Satanás é o grande originador do pecado; contudo, isso não desculpa o pecado de ninguém, porque ele não pode forçar os seres humanos a fazer o mal. Tenta-os, procurando mostrar o pecado como sendo atrativo e agradável; mas terá que deixar que a pessoa decida praticá-lo ou não. Ele não força os homens a se embriagarem nem a permanecerem ausentes das reuniões religiosas. Mas apresenta tentações de modo a fascinar para o mal. O ser humano é um agente moral livre para aceitar ou recusar.

A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende essas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas tristezas, desejos e amor são todos novos. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida até então preferidas a Cristo, são agora desviadas, e Cristo é o encanto de sua vida, a coroa de seu regozijo.

O Céu, que antes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ela o contempla como sua futura pátria, onde verá, amará e louvará Aquele que a redimiu por Seu precioso sangue (T2, p. 293, 294).

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Alegria no Céu

Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. E a favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. João 17:18, 19


Na parábola da ovelha perdida, Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura. “Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram” (Rm 3:11, 12). Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos. [...]

Os rabinos tinham um dito, segundo o qual há alegria no Céu quando alguém que pecou contra Deus é destruído; contudo, Jesus ensinava que a obra de destruição é estranha a Deus. Aquilo em que todo o Céu se compraz é a restauração da imagem de Deus nos homens por Ele criados.

Quando alguém que vagou longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: “Ele não tem estabilidade; não creio que resista.”

Tais pessoas não fazem a obra de Deus, porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera. Confie no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e suspeita dos fariseus.

Os rabinos compreendiam que a parábola de Cristo se aplicava aos publicanos e pecadores; mas tinha uma significação mais ampla. Cristo representava pela ovelha perdida, não somente o pecador individual, mas o mundo que apostatou e se arruinou pelo pecado. Este mundo é apenas um átomo no vasto domínio sobre que Deus preside; contudo, este pequeno mundo perdido – a única ovelha extraviada – é mais precioso a Seus olhos, que as noventa e nove que não se desviaram do redil. [...]

Todo pecador que Cristo salvou é chamado a atuar em Seu nome pela salvação dos perdidos. Essa obra fora negligenciada em Israel. Não é também hoje negligenciada pelos que professam ser seguidores de Cristo? (PJ, p. 189-191).

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Convite de Jesus

Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. Apocalipse 2:4, 5


O Redentor do mundo declara que há maiores pecados do que aqueles pelos quais Sodoma e Gomorra foram destruídas. Aqueles que ouvem o convite do evangelho chamando os pecadores ao arrependimento, e não o atendem, são mais culpados perante Deus do que o foram os moradores do vale de Sidim. E ainda maior pecado é o daqueles que professam conhecer a Deus e guardar os Seus mandamentos, e contudo negam a Cristo em seu caráter e vida diária. À luz da advertência do Salvador, a sorte de Sodoma é um aviso solene [...]

O Salvador aguarda a resposta a Seus oferecimentos de amor e perdão, com uma compaixão mais terna do que aquela que move o coração de um pai terrestre para perdoar um filho transviado e sofredor. Ele clama aos errantes: “Tornai-vos para Mim, e Eu tornarei para vós” (Ml 3:7). Mas se aquele que vagueia, recusa persistentemente atender à voz que o chama com amor compassivo e terno, será finalmente deixado em trevas.

O coração que durante muito tempo desdenhou a misericórdia de Deus torna-se endurecido no pecado, e não mais é susceptível à influência da graça de Deus. Terrível será a sorte da pessoa da qual o Salvador, pleiteando por sua defesa, declarará finalmente: “Está entregue aos ídolos; deixa-o” (Os 4:17). Haverá menos rigor no dia do juízo para as cidades da planície do que para aqueles que conheceram o amor de Cristo, e contudo se desviaram à escolha dos prazeres de um mundo de pecado.

Vocês que estão a desdenhar os oferecimentos da misericórdia, pensem nos inúmeros registros que contra vocês se acumulam nos livros do Céu: pois há um relatório feito das impiedades das nações, das famílias, dos indivíduos. Deus pode suportar muito enquanto a conta prossegue; e convites ao arrependimento e oferecimentos de perdão podem ser feitos; contudo, tempo virá em que a conta se completará, em que se fez a decisão da alma, em que se fixou o destino do homem pela sua própria escolha. Dar-se-á então o sinal para ser executado o juízo (PP, p. 165).

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Manto da Justiça de Cristo

Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Lucas 11:9, 10


Devemos entregar nosso coração a Deus, para que nos renove e santifique, e nos habilite para Sua corte celestial. Não devemos esperar por alguma ocasião especial, mas entregar-nos a Ele hoje, recusando-nos a ser servos do pecado. [...]

Quando começamos a compreender que somos pecadores, e então caímos sobre a Rocha a fim de sermos despedaçados, os braços eternos nos enlaçam, e somos levados bem perto do coração de Jesus. Então ficaremos encantados com Sua amabilidade e enojados de nossa justiça própria.

Precisamos chegar-nos bem ao pé da cruz. Quanto mais ali nos humilharmos, tanto mais exaltado nos parecerá o amor de Deus. A graça e justiça de Cristo nada valerão àquele que se julga são, que se considera razoavelmente bom, que se contenta com sua própria condição. Não há lugar para Cristo no coração daquele que não reconheça sua necessidade de divina luz e auxílio.

Diz Jesus: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus” (Mt 5:3). Há plenitude de graça em Deus, e podemos ter Seu Espírito e poder em grande medida. Não se alimentem com as bolotas da justiça própria, mas vão ao Senhor. Ele tem as melhores vestes para lhes dar, e Seus braços estão abertos para recebê-los. [...]

São provados por Deus mediante Sua Palavra. Não devem esperar por emoções maravilhosas, antes de crerem que Deus os ouviu; os sentimentos não devem ser seu critério, pois as emoções são mutáveis como as nuvens. Devem ter alguma coisa sólida como fundamento de sua fé. A palavra do Senhor é palavra de poder infinito, com o qual podem contar, e Ele disse: “Pedi e recebereis” (Jo 16:24). Olhem ao Calvário. Não disse Jesus ser Ele seu advogado? Não disse Ele que se pedirdes qualquer coisa em Seu nome o receberão? [...]

Devem ir a Deus como pecador arrependido, em nome de Jesus, o Advogado divino, para um Pai misericordioso e perdoador, crendo que Ele fará justamente o que prometeu. Que os que desejam a bênção de Deus batam, e esperem junto ao trono de misericórdia, com firme confiança (ME1, p. 327-329).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vida Nova

Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Ezequiel 36:25, 26


Muitos que falam a outros da necessidade de um novo coração não sabem eles próprios o que significam essas palavras. Especialmente a juventude tropeça nesta expressão: “um coração novo” (Ez 36:26). Não sabem o que ela quer dizer. Esperam que se verifique mudança especial em seus sentimentos. A isso chamam conversão. Nesse erro milhares têm tropeçado e se perderam, não compreendendo a frase: “Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3:7).

Satanás induz as pessoas a pensarem que, por terem experimentado êxtase de sentimentos, estão convertidas. Mas sua experiência não muda. Seus atos são os mesmos que antes. Sua vida não demonstra bons frutos. Oram freqüente e longamente, e constantemente se referem aos sentimentos que tiveram em tal e tal ocasião. Não vivem, porém, a vida nova. Estão iludidas. Sua experiência não vai além de sentimento. Edificam sobre a areia e, ao soprarem os ventos da adversidade, sua casa é assolada. [...]

Ao falar Jesus do novo coração, refere-Se Ele à mente, à vida, ao ser todo. Ter uma mudança de coração é retirar as afeições do mundo, e uni-las a Cristo. Ter um coração novo é possuir novo espírito, novos propósitos, motivos novos. Qual é o sinal de um coração novo? – A vida transformada. Há um morrer dia a dia, hora a hora, para o egoísmo e o orgulho.
Alguns cometem grande erro ao supor que uma alta profissão substituirá o verdadeiro serviço. Mas a religião que não é prática, não é genuína. A verdadeira conversão nos torna estritamente honestos em nosso relacionamento com os semelhantes. Torna-nos fiéis em nosso trabalho diário. Todo sincero seguidor de Cristo demonstrará que a religião bíblica o habilita a usar seus talentos no serviço do Mestre. [...]

São os nobres princípios introduzidos no trabalho que o tornam inteiramente aceitável à vista do Senhor. O verdadeiro serviço liga o mais humilde dos servos de Deus, na Terra, ao mais elevado de Seus servos nas cortes celestiais (MJ, p. 71-73).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Busca da Perfeição

Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus 5:48


Significa muito ser um firme cristão. Significa andar com cautela diante de Deus, prosseguir para o alvo, para o prêmio da nossa soberana vocação em Cristo. Significa produzir muitos frutos para a glória dAquele que deu Seu Filho para morrer por nós. Como filhos e filhas de Deus, devem os cristãos esforçar-se por alcançar o elevado ideal perante eles colocado no evangelho. Não se devem contentar com nada menos que a perfeição. [...]

Tornemos a santa Palavra de Deus o nosso estudo, introduzindo em nossa vida seus santos princípios. Andemos diante de Deus em mansidão e humildade, diariamente corrigindo nossas faltas. Não separemos de Deus a alma, por meio do orgulho egoísta. Não acariciem um sentimento de elevada supremacia, julgando-se melhores que outros. “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1Co 10:12). Paz e descanso lhes advirão ao levarem sua vontade em sujeição à de Cristo. Então o amor de Cristo reinará no coração, levando em cativeiro ao Salvador as secretas fontes de ação. [...]

Há os que ouvem a verdade e se convencem de que vivem em oposição a Cristo. São condenados e arrependem-se de suas transgressões. Confiando nos méritos de Cristo, nEle exercendo verdadeira fé, recebem o perdão do pecado. Ao deixarem de fazer o mal e aprenderem a praticar o bem, crescem na graça e no conhecimento de Deus. Vêem que precisam sacrificar-se a fim de separar-se do mundo; e, depois de calcular o custo, consideram tudo como perda se tão-somente puderem ganhar a Cristo. Alistaram-se em Seu exército. Acha-se perante eles a luta e nela entram valorosa e alegremente, combatendo suas inclinações naturais e desejos egoístas, levando a vontade em sujeição à de Cristo. Diariamente buscam do Senhor graça para obedecer-Lhe, e são fortalecidos e ajudados.

Isso é verdadeira conversão. Em humilde e grata submissão, o que recebeu um coração novo confia no auxílio de Cristo. Revela na vida os frutos da justiça. Outrora amava a si mesmo. Os prazeres mundanos eram seu deleite. Agora o ídolo é destronado, e Deus reina supremo (YI, 26/9/1901).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Concentre-se em Cristo

Então, convocando a multidão e juntamente os Seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me. Marcos 8:34


A Palavra de Deus dá a descrição de um verdadeiro cristão, que corresponde à obra do Espírito Santo no coração e na vida. Os filhos de Deus imediatamente sabem que possuem no próprio coração evidências de que são nascidos de Deus. [...] Isso significa profundidade e amplidão de experiência para seguir o Cordeiro aonde quer que Ele vá. A abnegação e o sacrifício próprio serão sempre encontrados no caminho que conduz pela porta estreita aos amplos prados das pastagens do Senhor.

Para os que crêem, Cristo é precioso. Seu Espírito, atuando no espírito e coração do crente, está em perfeita harmonia com aquilo que se acha escrito na Palavra. O Espírito e a Palavra harmonizam-se perfeitamente. Assim o Espírito testifica com o nosso espírito que somos nascidos de Deus.

Os que não encontram em seu coração semelhança alguma do grande padrão moral de justiça, a Palavra de Deus, não possuem um Cristo a confessar. Sua linguagem, seus pensamentos, não estão em harmonia com o Espírito de Cristo. Sua profissão de fé é falsa. Você pode porventura encontrar nata sobre a água? A alma precisa ter as vivificantes influências do fôlego de vida de Cristo a fim de poder revelar na conversação que Cristo, a esperança da glória, está formado no seu interior.

Ninguém colhe uvas de cardos. As palavras dos cristãos estarão de acordo com a sua alegria em Cristo. Os que estão perpetuamente falando de dúvidas e exigindo mais provas para banir sua nuvem de incredulidade não edificam sobre a Palavra. [...]

Grande infelicidade é ser um duvidador crônico, mantendo sempre em si mesmo os pensamentos. Enquanto contemplam o próprio eu, enquanto esse é o tema do pensamento e conversação, não podem esperar conformarem-se à imagem de Cristo. O próprio eu não é seu salvador. Não têm em vocês mesmos nenhuma virtude redentora. “Eu” é um barco por demais avariado para sua fé nele embarcar. Se a ele se confiar, certo naufragará. Ao bote salva-vidas, ao bote salva-vidas! Eis sua única salvação. Jesus é o Comandante do bote salva-vidas, e Ele jamais perdeu um passageiro (MR21, p. 22, 24).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cristo, o Grande Pastor

Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Lucas 15:7


O ministro deve ser um pastor. Nosso redentor é chamado de o grande pastor. O apóstolo escreve: “Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a Sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dEle, por Jesus Cristo” (Hb 13:20, 21). Por humildes, por elevados que possamos ser, quer nos achemos nas sombras da adversidade ou à luz do Sol da prosperidade, somos ovelhas dEle, rebanho de Seu pasto, e achamo-nos sob os cuidados do sumo Pastor.

Mas o grande Pastor possui seus sub-pastores, a quem delegou o cuidado de Suas ovelhas e cordeiros. O grande Pastor nunca perde um dentre os que estão sob Seus cuidados, nunca é indiferente mesmo para com o mais frágil do seu rebanho. A bela parábola dada por Cristo, da ovelha perdida, do pastor que deixou as noventa e nove para ir em busca da perdida, ilustra o cuidado do sumo Pastor. Ele não passou os olhos descuidadamente sobre as ovelhas do rebanho, dizendo: “Tenho noventa e nove, e me dará demasiado trabalho ir em busca da desgarrada; ela que volte, e lhe abrirei a porta do curral e a deixarei entrar. Mas não posso ir em sua busca.”

Não! Pois, assim que a ovelha se desvia, o semblante do pastor fica cheio de tristeza e preocupação. Ele conta e reconta o rebanho, e quando se certifica de que uma ovelha está perdida, não descansa. Deixa no redil as noventa e nove; por escura e tempestuosa que seja a noite, por arriscado e incômodo o caminho, por longa e tediosa a procura, ele não se cansa, não hesita até que tenha encontrado a perdida. [...]

Quando é encontrada a perdida, Céu e Terra unem-se em regozijo e ações de graças. [...] Diz Jesus: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido” (Jo 10:14). Justamente como um pastor terrestre conhece suas ovelhas, assim conhece o sumo Pastor o Seu rebanho, espalhado, através do mundo todo (RH, 23/8/1892).