Perdoem tão espontaneamente como o Senhor os perdoou. Colossenses 3:13, Phillips
No dia 1º de dezembro de 1997, Missy Jenkins, aluna do 2º ano do Ensino Médio na Escola Heath High, no Estado de Kentucky, reuniu-se com os colegas para uma oração de início das aulas. Antes de dizerem o “Amém” final, Michael Cornell puxou um revólver e disparou onze tiros contra o grupo. Uma bala atingiu a coluna de Missy. Paralisada da cintura para baixo, ela passaria o resto da vida numa cadeira de rodas.
Missy não tinha ideia do motivo pelo qual seu colega de classe a havia ferido. “Eu creio que odiá-lo é tempo e emoção perdidos” disse ela. “Odiá-lo não vai me fazer andar novamente. Além disso, não é o que Jesus faria.”
Não adiantava Missy ficar remoendo e repetindo mentalmente: “Seu infeliz! Se não fosse você, eu estaria em outro lugar. Teria completado meus estudos e teria uma família. Seria uma pessoa completa.”
Querer manter a pessoa que nos feriu como refém dizendo: “Enquanto eu estiver sangrando, não vou deixar que se esqueça do que fez”, não vai resolver o problema, nem ajudar no processo de cura. Nem tampouco revidar: “Se você me tirar da função, saio atirando para todo lado.”
Precisamos de grande dose da graça de Deus para fechar a ferida e ter um coração perdoador; para soltar, libertar, desamarrar nosso ofensor e nos desprender do ressentimento.
Em várias circunstâncias e em diferentes etapas da vida, fomos feridos física ou emocionalmente. Às vezes, por pessoas que estavam próximas de nós: pais de quem esperávamos proteção e apoio; amigos de quem esperávamos lealdade; filhos que se mostraram ingratos.
Escolher perdoar é, provavelmente, a coisa mais difícil de ser feita.
Há alguém em sua família a quem você precisa perdoar, ou, quem sabe, pedir perdão? Há algum amigo a quem você precise perdoar, ou pedir perdão?
Lewis Smedes, professor de ética e teologia, num artigo intitulado “Perdão: o poder de mudar o passado”, fez a seguinte comparação:
“Perdoar é tirar das costas uma mochila de vinte quilos depois de uma escalada de quinze quilômetros. Perdoar é se sentar numa cadeira de balanço depois de correr vinte quilômetros. Perdoar é libertar um prisioneiro, e descobrir que o prisioneiro é você. Perdoar é surfar na onda mais forte do amor.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário