domingo, 4 de setembro de 2011

Mágoas

Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo. Filipenses 3:13, 14

Se alguém tinha boas razões para se lamentar do passado, essa pessoa era Paulo. Cúmplice no apedrejamento de Estêvão, mandante da invasão de casas em Jerusalém e culpado de lançar homens e mulheres na prisão. Ele mesmo confessa que fora “blasfemo, perseguidor e insolente” (1Tm 1:13). No entanto, ele não permitiu que o passado se tornasse uma prisão para ele. Em lugar de ficar se lamentando e remoendo mágoas, decidiu que o mais importante na sua vida tinha sido o encontro com Jesus e a nova pessoa em que ele se tornara. Por isso, disse: “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15:10).

Lembra-se das histórias infantis nas quais apareciam monstros que hibernavam e, quando menos se esperava, esses monstros despertavam da hibernação devorando tudo o que estivesse ao seu alcance? Assim também são os sentimentos carregados de emoção, de mágoa. Quando menos esperamos, ali estão eles para nos incomodar. De repente, voltam do passado, saem da hibernação e querem estragar nosso presente. É como se fosse alguma coisa submersa que, subitamente, vem à superfície e não adianta querer empurrar para baixo para que saia de nossa vista.

Ao olhar para trás, vamos cruzar em algum momento com lembranças de erros que cometemos ou que outros cometeram contra nós. Momentos de injustiças, abuso e medo. Nos sentimos culpados até mesmo por permitir que esses sentimentos fiquem passeando livremente pelos corredores da mente. Não colecionemos essas mágoas, rendendo-nos a elas e tornando-nos seus prisioneiros. Muitos chegam a agir como diretores de filmes diante da mágoa: mudam o ângulo, minimizam uma cena, aumentam e congelam outra imagem e a tingem com a pior cor possível.

A boa notícia é que muitas decisões podem ser alteradas e revertidas. Você pode sair do caminho errado no qual está andando neste momento e começar a caminhar com Deus por um novo caminho. Se nada pode ser alterado e você tiver que conviver com as consequências, pode experimentar o perdão de Deus. Visualize Jesus andando com você, aceitando-o, perdoando-o e curando-o completamente.

“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa!” (Sl 32:1, 2).

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