Não se vendem cinco pardais por duas moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Lucas 12:6
De todas as experiências interessantes que tive ao visitar a China, nenhuma foi mais fascinante do que o encontro num centro comercial em Xangai.
– Bom-dia, senhor!
Olhei ao redor me perguntando de onde aquele inglês perfeito estava vindo. Fazia uma hora que eu estava perambulando por lojas grandes e pequenas e até mesmo numa loja de departamento enfrentei problemas de comunicação com os atendentes. Surpreso, percebi que aquela voz pertencia a uma criança, uma princesinha vestida de vermelho tão pequenina que sua cabeça mal alcançava a altura da minha cintura.
– O senhor poderia me dar um momento de sua atenção? – continuou. – Sou estudante de artes plásticas. Estamos realizando uma exposição de nossos trabalhos. O senhor gostaria de vê-los?
Estudante de artes plásticas? Para mim, parecia que ela estava cursando a quarta série.
– Posso perguntar a sua idade? – eu disse. – Você aparenta ter apenas 10 anos.
– Oh, não; tenho 16 – ela respondeu com um sorriso.
– Tudo bem – respondi.
Juntos atravessamos o centro comercial. Ela me conduziu a uma rua estreita e em seguida subimos um lance de escadas. Ali, num amplo salão, observei as pinturas em exposição. Outra jovem, obviamente mais velha do que a princesinha, estava lá. Havia também um homem sentado à mesa. Saudaram-me com extrema cordialidade.
Andei pelo salão. As obras variavam em qualidade; algumas eram muito boas. Uma série de quatro quadros verticais retratando as estações do ano atraiu minha atenção. Fiquei pensando como poderia levar aquilo para casa. Minhas malas já estavam abarrotadas.
Foi um encontro sem igual. Desejava ficar, mas o tempo acabou. Infelizmente, tive que partir.
Há mais de 1,3 bilhão de pessoas na China. Deus conhece cada uma delas por nome: a princesinha, a amiga dela, o homem à mesa. Cada uma delas é preciosa, preciosa o bastante para Jesus entregar a Sua vida por elas.
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