Vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. Não por obras para que ninguém se glorie. Efésios 2:8, 9
Essa é uma das passagens mais importantes da Bíblia, como João 3:16 e Gênesis 1:1. Podemos dizer que é o texto mais clássico e completo sobre a função da graça em nossa salvação. Nela está uma síntese de como a pessoa é salva. É como se contivesse a carga de um transatlântico numa casca de noz. Seria bom relembrar alguns conceitos inseridos no texto.
A graça de Deus é gratuita: não vem como resultado de nossas boas ações, isto é, qualquer coisa que façamos das quais possamos nos orgulhar. O texto contrasta claramente a confiança na graça de Deus e a confiança nas boas obras. Não há exigências. Ela não tem nada que ver com mérito e demérito. Não há provas, exames, nem prazos.
O resultado final não é determinado pelo sistema de triagem do Céu, no qual haveria dois pratos de balança cheios com tudo aquilo que fizemos – coisas boas e coisas más. Quando mentimos, roubamos ou xingamos, o prato com coisas ruins começa a ficar mais pesado. Pensamos que, quando vamos à igreja, lemos um bom livro e ajudamos os pobres, estamos fazendo o prato com coisas boas ficar cheio e mais pesado. E o prato da balança que estiver mais cheio determinará nosso destino. Como disse com muita propriedade um autor desconhecido: “Não há nada que possamos fazer para levar Deus a nos amar mais, e não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos.” Tudo o que tenho que fazer é aceitar a graça como presente de Deus.
A graça permite uma segunda oportunidade. Em concursos, em vestibulares ou no esporte, errar o gabarito, o saque, o pênalti, não possibilita segunda oportunidade. Mas, com a graça, você pode tentar de novo. Quando tropeçamos, Deus sempre está ali para nos ajudar a levantar e fica aguardando para nos dar as boas-vindas.
Trazendo a graça para o campo pessoal, quando as pessoas observam você, veem graça em suas atitudes e palavras, ou dizem: “Lá vem aquele exigente, que só pensa em nos censurar”? O que vamos fazer com tudo aquilo que entendemos sobre graça até aqui? Vamos dizer: “Senhor, eu quero receber Tua graça!”
Aqui está um bom começo. Se você ainda não tomou essa decisão, pode fazê-lo hoje. Se já tomou essa decisão antes, pode renová-la hoje.
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