As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial. E a porta foi fechada. Mateus 25:10
Poucas frustrações podem ser comparadas àquela de enfrentar uma porta fechada num momento decisivo. Pense naquele documento que precisava ser assinado e entregue no dia, mas não deu tempo. Ou no dinheiro que tinha que ser retirado do banco, no entanto, a agência estava fechada. Imagine os portões da universidade sendo fechados e seu vestibular tendo que ficar para outra vez. O check-in foi encerrado e o fim da viagem, que dependia de uma conexão, teve que ser adiado. Em todas essas situações e muitas outras, os sentimentos que frequentemente dominam as pessoas são a frustração, a raiva e, em alguns casos, até mesmo desespero.
Ali está você, desapontado, recriminando-se, gritando com aqueles que podiam dar um jeitinho de abrir a porta. “Se tivesse saído cinco minutos antes”, “Se tivesse começado meu trabalho com mais antecedência”, “Poderia ter vindo por outro caminho e teria chegado mais cedo”... E as desculpas que damos pelo atraso ou ausência são conhecidas: “O trânsito estava terrível”, “Pensei que o horário fosse outro”, etc.
Só que nenhuma dessas decepções poderá ser comparada a esta: “E fechou-se a porta.” Quanta implicação nessa frase! E, nesse caso ainda, a frase “não as conheço” soava muito mais definitiva, como se fosse uma fórmula decisiva de rejeição, forçando as moças a não insistir em nenhum “jeitinho” de entrar na festa de casamento.
Na vida espiritual, precisamos estar alerta. Não devemos jogar com a sorte, nem deixar para chegar em cima da hora, nem tampouco nos preparar no último momento.
Não é a aparência, nem são as lâmpadas ou os vestidos longos que vão separar as sábias das loucas: é o fato de estarem prontas, ainda que o noivo demore.
É por isso que cinco delas foram chamadas de loucas. Como as sábias, elas tiveram tudo à disposição: tempo, recursos e inteligência. Sabiam o que era prioritário, mas foram empurrando o mais importante para o fim, e o resultado é o que conhecemos. Pensavam que poderiam administrar suas prioridades; porém, veio o noivo, e descobriram que não dava para empurrar mais para frente o tempo, impedir que a porta fosse fechada. Não dava para puxar o ponteiro do relógio para trás. Elas descobriram que o tempo é inflexível, que não há “jeitinho”, que não adianta mencionar nomes, títulos, nada.
Na festa, estavam aqueles que não confiavam em si mesmos, por isso chegaram cedo, e com humildade estavam do lado de dentro.
A porta hoje está aberta. Há alguma coisa em seu caminho que esteja impedindo-o de chegar em tempo e entrar?
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