Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; [...] dirige-me pelo caminho eterno. Salmo 139:23, 24
Nenhum computador da Terra chega perto da capacidade média do cérebro humano, que é capaz de processar dois milhões de bytes de informação por segundo. É ali que você raciocina, decide, prediz, crê e desenvolve atitudes. Ali estão contidos a imaginação, a memória e o senso moral. É ali que você armazena tanta informação quanto a contida nos livros da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. É ali que, segundo os psicólogos, cada pessoa chega a ter perto de dez mil pensamentos por dia. Contudo, não existe nada mais frágil que o cérebro. Um tombo de moto ou uma bala perdida podem destruí-lo. Uma dose de uma droga poderosa pode arruinar seu delicado funcionamento.
Já que a batalha é pelo domínio da mente, vamos ver como é que ela, a mente, se comporta em relação à tentação? Que caminho a tentação percorre na mente? Quando ela se torna “pecado”?
Suponha que eu tivesse na geladeira um bolo de abacaxi, úmido e de rodelas douradas. Um dia, às 11h da noite, logo depois de apagar a luz, penso: “Bolo de abacaxi! Bolo de abacaxi na geladeira!” Mas não é mais hora de comer.
Primeira reação: sento-me na cama, dizendo para mim mesmo: “Não vou comer o bolo de abacaxi.” Ato seguinte: levanto-me, acendo a luz do quarto, vou para o corredor, chego à cozinha e abro a geladeira. Note que meu pensamento continua o mesmo: não vou comer o bolo de abacaxi. Tiro o bolo da geladeira e digo: “Não vou comer um pedacinho, vou comer ele todo!” E pego também sorvete e refrigerante, e...
Note a sequência: (1) a chegada da tentação, (2) pensamento alimentado, (3) forte impulso de praticar e (4) finalmente a ação em si. Ela pode ser diferente, mas cada um de nós percorre esse caminho.
A luta para não permitir que a mente se demore em pensamentos impuros é de todos: jovens e adultos, homens e mulheres, vegetarianos e não vegetarianos. Vigiamos nosso comportamento porque todos podem nos observar. Mas, como ninguém vê nossos pensamentos, lhes damos rédeas soltas. Um jovem chegou a dizer: “Pastor, o que eu faço? Até na hora em que estou orando me vêm esses pensamentos bobos à cabeça?”
“O coração deve ser renovado pela graça divina, ou será inútil procurar pureza de vida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 460).
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