Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para Ti. 2 Crônicas 20:12
Como seres humanos, cremos muitas vezes no pior. No poema Torneira seca, o poeta José Paulo Paes escreve: “A torneira seca (mas o pior: a falta de sede) / A luz apagada (mas o pior: o gosto do escuro) / A porta fechada (mas o pior: a chave por dentro).”
Era uma situação de emergência nacional. Três nações se encaminhavam para atacar Israel. Um senso de pequenez e incapacidade tomou conta do rei e dos líderes da nação. Seus recursos eram insuficientes. Humanamente, não conseguiriam enfrentar os inimigos. O último recurso era orar. E a oração transformou a crise; o desespero em conquista.
Sem dúvida, o rei Josafá esperava que Deus indicasse em detalhes todas as estratégias para a guerra: “Faça uma reunião com o alto comando. Convoque de volta os reservistas. Faça a checagem das armas. Disponha o exército em alas e pelotões.” Entretanto, Deus pediu que na vanguarda do exército fosse um coral.
O profeta trouxe para o rei a mensagem de Deus: “Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus” (v. 15).
A palavra jihad, que depois do atentado de 11 de setembro foi traduzida no mundo ocidental como “guerra santa”, passou a ocupar o noticiário desde então. Do ponto de vista bíblico, “guerra santa” é o conflito em que Deus luta por Seu povo. E a vitória não depende de armas, mas da obediência a Deus.
Gostaríamos que as promessas de Deus estivessem sob os ditames de nossos sonhos e expectativas e que, ao darmos o comando certo, saíssem do arsenal do Céu mísseis para varrer do caminho tudo aquilo que estivesse impedindo nossos planos, ou da organização que dirigimos, de serem realizados.
Essa imagem de um coral como “pelotão de elite” era incomum e no mínimo engraçada, porque o campo de batalha não é lugar de louvor. O mais surpreendente é que esse pessoal não parecia um exército indo para a batalha, mas voltando de uma. O que eles cantavam? “Deem graças ao Senhor, pois o Seu amor dura para sempre” (2Cr 20:21).
“Em qualquer emergência devemos sentir que a batalha é [de Deus]. Seus recursos são ilimitados, e as aparentes impossibilidades farão que a vitória seja ainda maior” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 202).
Em momentos de crise pessoal e institucional, o Deus que interveio em favor de Seu povo no passado também intervirá hoje.