Então o homem disse: “Deixe-me ir, pois o dia já desponta”. Mas Jacó lhe respondeu: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes.” Gênesis 32:26
Depois de 21 anos, Jacó estava de volta à sua terra. Quanto sabemos, desde que saíra de casa, nunca havia voltado a ver seu pai nem sua mãe. Na vida dele, notamos o esforço por fazer as coisas à sua maneira, procurando o próprio caminho, ou um atalho para sua vontade. Mas o maior desejo de Jacó, agora, era a restauração do relacionamento com seu irmão. Queria acertar as coisas, “passar tudo a limpo”.
Com toda essa boa intenção em mente, Jacó recebeu a notícia de que seu irmão vinha ao encontro dele com 400 homens. Então, enviou mensageiros e presentes para Esaú. Dividiu sua caravana em dois grupos e mandou que fossem antes dele. Além de executar esses planos, ele orou. Antes de se encontrar com Esaú, foi se encontrar com Deus.
Enquanto estava sozinho orando, longe de todos, na escuridão, um estranho o agarrou. Jacó percebeu que Aquele com quem estivera lutando por tanto tempo era um ser muito superior. Era uma batalha que ele por si mesmo não poderia ganhar, mas que também não admitiria perder. Não queria largar seu oponente enquanto não tivesse a certeza de receber a proteção que precisava. Depois de lutar toda a noite, disse: “Eu não posso voltar para casa como estou.”
“Foi pela entrega de si mesmo e por uma fé tranquilizadora que Jacó alcançou o que não conseguira ganhar com o conflito em sua própria força” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 203). A maior luta, na verdade, foi uma questão de entrega – a entrega de si mesmo a Cristo. Aquele com quem Jacó lutava queria apenas que ele reconhecesse sua debilidade de caráter e seu pecado.
Em sua experiência cristã, você já chegou ao ponto de dizer “Não Te deixarei ir, a não ser que me abençoes”? Quem sabe em algum momento de desespero, de angústia, você se sentiu sozinho? “Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração insistente” (Ibidem). Ele não desistiu.
Alguns param de orar justamente quando estão para receber a bênção. Desistem rapidamente; deixam de insistir. Algumas coisas podem ter resposta rápida. Outras tomarão mais tempo. Nem por isso largue do “braço da onipotência”.
Você e eu somos pessoas que necessitam receber a bênção. A graça de Deus insiste para que, em lugar de seguir nosso caminho e resolver o problema do nosso jeito, entreguemo-nos a Ele, na certeza de receber Sua bênção.
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