O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí.” Jeremias 31:3
O amor continua sendo tão indefinido e misterioso como a célula humana, mas igualmente vital para nossa existência. Defini-lo parece impossível, mas uma das melhores definições é a que encontrei numa revista hispana: “Amor é um compromisso incondicional com uma pessoa imperfeita.”
George Matheson escreveu um hino sobre o amor de Deus, que por ocasião de sua composição teve circunstâncias adversas. Logo depois do noivado de George, a noiva ficou sabendo que ele estava se tornando cego. Não havia nada que os médicos pudessem fazer para reverter a situação. Ela então terminou o noivado dizendo que não podia passar o resto da vida com um homem cego.
Matheson se tornou completamente cego enquanto estava estudando no seminário. Era aluno brilhante e a irmã tomou conta dele durante esse período de estudos. Logo depois, ela se casou. Estudiosos da vida de Matheson dizem que o fim do noivado e o casamento da irmã fizeram com que não houvesse mais ninguém para cuidar dele, e dessa experiência acabou “nascendo” um hino.
Ele mesmo descreve como compôs o hino: “Meu hino foi composto na noite do dia 6 de julho de 1882, quando eu tinha quarenta anos de idade. Estava sozinho em casa. Era a noite do casamento da minha irmã e toda a família permaneceu em Glascow.
“Alguma coisa aconteceu comigo que somente eu entendi, e me causou grande angústia mental. O hino foi fruto daquele sofrimento. Foi o trabalho mais rápido que já fiz em minha vida. Parece que ele estava sendo ditado para mim por alguma voz interna em lugar de ser mesmo uma criação minha. O trabalho não levou mais do que cinco minutos e nunca foi retocado depois. [...] Veio como o brilho da aurora sobre mim.” São aquelas composições e poesias nascidas no cadinho da dor.
Olhando para sua vida, ele menciona que ela havia sido cheia de obstáculos, mas que a esperança nunca iria se apagar.
Como Matheson pôde superar toda essa situação? No próprio hino ele diz que “Deus traçou o arco-íris na chuva”. É a figura de um concerto e de uma promessa. “Amor, que por amor desceste! Amor, que por amor morreste! / Ah, quanta dor não padeceste! Minh’alma vieste resgatar / E meu amor ganhar! (Hinário Adventista, nº 120).
Podemos hoje experimentar a segurança desse amor leal de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário