Naquele dia uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para purificá-los do pecado e da impureza. Zacarias 13:1
Ali, ao pé da cruz, surgiu uma fonte transbordando, mostrando abundância e perpetuidade. Era a imagem de alguma coisa que provê vida e suprimento constante. Assim foi a fonte que jorrou do próprio coração de Jesus quando um soldado romano, querendo comprovar se Ele estava realmente morto, “perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19:34). Esse foi o último ato da crucifixão antes que Jesus fosse tirado da cruz para ser sepultado.
O apóstolo João, posicionado ao pé da cruz, pôde perceber que sangue e água saíram do lado do Mestre. Ele mesmo confirmou depois: “O que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos [...] o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:1, 7).
Era mais do que um dado médico que Ele queria passar. A intenção de João, ao observar que água e sangue fluíram do lado de Jesus era mostrar o significado simbólico do que aconteceu. Enquanto a água purifica, o sangue realiza a expiação. O sangue traz a remissão; a água, regeneração.
“Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:7).
O texto seguinte é atribuído a Cipriano, advogado e professor de retórica que aos 35 anos aceitou o cristianismo, tornando-se bispo de Cartago no terceiro século: “Aquele que é desnudado de Suas vestes terrenas nos dá as vestes da justiça e da imortalidade. Ele recebe fel e nos alimenta com o maná celestial. Aquele que recebe vinagre para beber é quem nos dá o cálice da salvação. Ele que é inocente é contado com os transgressores. Aquele que é a verdade é acusado por falsas testemunhas. O juiz de todos é julgado.”
A fonte da graça, aberta do lado de Jesus, está sempre fluindo; continua a fluir sem limites para todos a fim de que ninguém seja excluído por causa da grandeza do seu pecado.
“Eis que uma fonte aberta está: / O sangue de Jesus. / Quem nela se lavar, à cruz, / Sem manchas ficará” (Hinário Adventista, nº 202).
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