O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22
Os médicos diagnosticaram que o jornalista e filósofo americano Norman Cousins estava sofrendo de uma dolorosa doença dos tecidos conectivos (colagenose). Nódulos haviam aparecido em seu corpo e a certa altura seus maxilares haviam ficado quase totalmente travados. Disseram-lhe que ele teria apenas uma chance em quinhentas de viver. Um médico lhe disse que nunca havia visto alguém se recuperar dessa enfermidade.
Norman imediatamente começou a tomar enormes doses de vitamina C, combinadas com um programa de risadas diárias. Passou a assistir comédias em seu próprio projetor e descobriu que dez minutos de gargalhadas exerciam um efeito anestésico que lhe permitiam dormir durante duas horas sem sentir dor. Após alguns meses suas dores cessaram e ele pôde retornar ao trabalho, provando que, em seu caso, rir foi o melhor remédio.
Uma pesquisa conduzida na Universidade de Loma Linda, sobre os efeitos do humor, indica que as pessoas podem fortalecer o sistema imunológico utilizando o humor para combater o estresse e aliviar a tensão. E o psiquiatra William Fry, da Universidade de Stanford, compara o riso, em termos de benefícios cardiovasculares, ao exercício numa bicicleta ergométrica. Ele acredita que o humor, como tônico diário, pode prevenir a doença coronariana e reduzir a gravidade de ataques cardíacos (Signs of the Times, julho, 1997, p. 19).
Embora as Escrituras condenem “a risada do insensato” (Ec 7:6), deixam claro que o contentamento e a alegria são sinais distintivos do verdadeiro cristão, pois o evangelho significa boas-novas de salvação. É possível demonstrar contentamento mesmo sob provações, o que é exemplificado pela atitude de Paulo e Silas, que cantaram na prisão, mesmo tendo os pés presos no tronco. “Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo” (At 13:52).
Ellen White, embora desaprovasse os gracejos tolos, o riso tumultuoso e a frivolidade, opunha-se a um estilo de vida sem humor. Apesar de enfrentar problemas de saúde, ela manifestava uma alegre disposição. Mesmo em seus escritos ela deixou transparecer senso de humor: “As irmãs não devem, quando no trabalho, usar vestidos que as façam parecer espantalhos para afugentar os pássaros-pretos do milharal” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 464).
Mas o nosso maior exemplo é Cristo, o qual foi ungido “com o óleo de alegria” (Hb 1:9). A alegria é o fruto do Espírito e um subproduto da vida espiritual bem vivida.
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