sábado, 30 de abril de 2011

Sal da Terra

Deixe-me dizer-lhes por que vocês estão aqui: é para ser o tempero, sal que leva o sabor de Deus a esta Terra. Se vocês perderem sua salinidade, como as pessoas irão saborear espiritualidade? Mateus 5:13, The Message

Já tentou comer batata, milho ou uma salada sem sal? E aquele arroz de forno ou feijão com cebola e alho, mas nada de sal? Difícil, não é? O sal faz grande diferença na hora de comer, mas só nos lembramos dele quando está ausente. Reclamamos quando tem demais ou pouco.

O sal era muito mais importante no tempo de Jesus do que é agora. Como não havia refrigeração, ele era usado para preservar, purificar e temperar alimentos. Vinte séculos depois, é possível que a comparação não tenha tanta força como teve para os contemporâneos de Jesus. O que Ele tinha em mente quando disse: “Vocês são o sal da Terra”?

O Dr. John Graz, então na Divisão Euro-Africana, contava como em um dos congressos que promoveu na Itália convidou um juiz de direito para uma saudação aos congressistas. Ao se dirigir aos jovens, o juiz disse: “Tenho grande admiração por vocês. Vocês não bebem. Não usam drogas. Têm um elevado padrão de valores. Mas... tenho apenas uma observação: vocês não fazem nada pela comunidade!” Foi uma observação incômoda para nossos jovens da Itália e continua incomodando muitos até agora em outras partes do mundo.

A lição que Jesus queria ensinar era a do poder da influência. Deixamos de ser sal quando deixamos de nos misturar, conviver e nos integrar com as pessoas. Às vezes, um pouquinho de sal é suficiente para influenciar a vizinhança, a sala de aula no colégio, o ambiente de trabalho.

Nossa vida deve ser tal que leve outros a ter sede de Jesus, de uma vida nova. Deve criar dentro das pessoas com as quais convivemos e trabalhamos sede por aquilo que é melhor. As pessoas devem ser atraídas a Jesus por causa de nossa alegria,
nossa bondade e gentileza. Elas devem se sentir importantes pela nossa maneira de tratá-las. Devemos mostrar um cristianismo contagiante e atraente.

“O amor é o princípio da ação. Modifica o caráter, governa os impulsos, domina as paixões, subjuga a inimizade e enobrece as afeições. Esse amor, abrigado no coração, ameniza a vida e espalha ao redor uma influência enobrecedora” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 59).

Senhor, ajuda-me hoje a ser sal em minha família, em minha vizinhança, em meu trabalho!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Espinhos e Graça

Para impedir que eu me exaltasse [...], foi-me dado um espinho na carne. 2 Coríntios 12:7

Dificilmente encontraremos nos escritos de Paulo um texto como o de hoje, tão carregado emocionalmente, no qual ele derrama o coração. Era uma dor secreta, alguma coisa da qual ele não falava aos demais. Ele mesmo desabafa depois: “Por causa da extravagância daquelas revelações e para que eu não me orgulhasse, recebi de presente uma debilidade para me manter em contato com minhas limitações. O anjo de Satanás fez o que pôde para me manter lá embaixo, mas o que ele fez de fato foi que eu caísse sobre meus joelhos” (Rm 12:7, 8, The Message).

Muitos comentários foram feitos na tentativa de identificar esse espinho que impedia Paulo de ser mais eficiente no trabalho: se era um defeito físico, a oposição que encontrava ao seu trabalho ou alguma tentação espiritual. Ellen White comenta: “Paulo tinha uma aflição corporal, sua visão não era boa. Ele pensou que através de sincera oração a dificuldade pudesse ser removida. Mas o Senhor tinha Seu propósito e disse para ele: ‘Não me fale mais sobre esse assunto. Minha graça é suficiente. Ela o capacitará para enfrentar a enfermidade’” (Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 6, p. 1107). Assim como os pais respondem a um pedido insistente do filho: “Não peça mais. Já falei para você. Agora, não!” Paulo teve que parar de orar a esse respeito.

Nas situações estressantes, quando temos que tomar uma decisão que afetará o futuro e estamos com medo de errar, esta é uma rica promessa: “Minha graça é suficiente” (2Co 12:9).

Na experiência religiosa ou em momentos devocionais, muitas pessoas incorporam à sua vida orações e promessas que repetem cada dia. “Minha graça é suficiente” é uma das respostas a essas orações e inclui todos os recursos de Deus colocados à nossa disposição.

Para cada aspecto da nossa vida, em qualquer área em que nossa resistência esteja sendo testada em seu ponto máximo, lembremo-nos de que a graça de Deus é suficiente. E mesmo depois de ter tomado a decisão, vendo que as coisas não estão saindo conforme desejamos, confiemos nessa promessa.

Reinhold Niebuhr escreveu esta pequena oração, que ficou conhecida como Oração da Serenidade: “Senhor, dá-me a serenidade de aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar aquelas que eu posso mudar, e sabedoria para distinguir umas das outras.”

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esperança Como Âncora

Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura. Hebreus 6:19

Para os cristãos, a âncora era um símbolo importante. Um símbolo de estabilidade e segurança. Nos corredores das catacumbas, três símbolos eram vistos pintados nas paredes: a pomba, como símbolo do Espírito Santo, o peixe (ICHTHUS, as iniciais de “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”), e a âncora, símbolo da esperança. A ideia que transparece é a de que, como cristãos, vamos enfrentar problemas e tempestades na vida.

Marinheiros e navegantes sempre lembravam uns aos outros antes de se lançarem ao mar: “Não saia do porto sem levar uma âncora.”

A vida cristã se assemelha em muito a um barco no meio do mar. Nela enfrentamos períodos de bonança e tranquilidade. Enfrentamos tempestades grandes e pequenas.

Às vezes, somos tomados de surpresa com uma crise após outra, uma tempestade após outra: é a perda do emprego, problema de saúde na família, desentendimento com os filhos, conflitos com o cônjuge ou a hostilidade no ambiente de trabalho. Você descobre que está à deriva.

John Maxwell, autor de vários livros na área de liderança cristã, escreveu:

“A esperança brilha mais quando a hora é mais escura. A esperança motiva quando o desânimo aparece. [...] A esperança canta quando todas as melodias silenciaram. [...] A esperança escuta respostas quando ninguém está falando. A esperança supera os obstáculos quando ninguém está ajudando. A esperança enfrenta dificuldades quando ninguém está se preocupando. A esperança sorri confiantemente quando ninguém está sorrindo. A esperança tem as respostas quando ninguém está perguntando. [...] A esperança ousa dar quando ninguém está repartindo. A esperança traz a vitória quando todos estão perdendo.”

Edward Mote, autor da letra do hino “Minha Esperança”, mostra como entendia a esperança como âncora em meio às tribulações. Uma das estrofes diz: “Se não Lhe posso a face ver, eu mesmo assim não vou temer, / Em cada transe a suportar, vou sempre nEle confiar” (Hinário Adventista, nº 253).

Onde está ancorada sua fé? No meio da tormenta, quando ondas gigantes se levantam contra seu pequeno barco, onde ancorar? Por que não lançar sua âncora nas firmes promessas da Palavra de Deus, na riqueza de Sua graça, de Seu cuidado e amor?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Declarado Inocente

Quem ousará levantar acusação contra nós, que fomos escolhidos por Deus? O próprio Deus nos declarou livres do pecado. Romanos 8:33, Phillips

Acusar é uma das especialidades de Satanás. Depois de nos prender, enganar e seduzir, ele nos acusa. E depois, num misto de engodo e traição, as palavras que ele usa são: “Ninguém vai saber.” Porém, quando erramos, ele fica trazendo sempre à mente lembranças do nosso fracasso.

Diante da acusação, qual é a nossa reação? Primeiro experimentamos uma sensação de que estamos sujos, impuros, e não vamos ser perdoados. Depois vem a dúvida: “Será que Deus ainda me ama? Será que Ele vai me dar mais uma chance?” E, finalmente, um senso de desânimo, já que todas essas coisas abalaram meu sentimento de certeza na salvação que Deus quer me dar.

Como posso saber se a voz falando à minha consciência é a voz do Espírito Santo ou a voz do inimigo? A diferença está no propósito e no resultado esperado. O Espírito Santo procura nos convencer e ao mesmo tempo nos mostra a saída para o problema, lembrando-nos da promessa de Jesus: “Aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.”

Uma das melhores ilustrações de acusação feita por Satanás é encontrada contra Josué, o sumo sacerdote:

“Então o anjo do Senhor me mostrou Josué, o sumo sacerdote, em pé diante do anjo do Senhor. Satanás estava ali, do lado direito do anjo, acusando Josué de muitas coisas. E o Senhor disse para Satanás: ‘Eu, o Senhor, rejeito suas acusações, Satanás. Sim, o Senhor que escolheu Jerusalém te repreende...’ As vestes de Josué estavam sujas, ao estar ali diante do anjo. Assim o anjo disse: ‘Tirem suas vestes sujas.’ E voltando-se para Josué disse: ‘Eu tirei seus pecados e agora vou lhe dar estas novas vestes finas’” (Zc 3:1-4, A Bíblia Viva).

Essas vestes novas representavam sua justificação. Josué, por si mesmo, não podia limpar seus próprios pecados. Ele não estava em condições de se defender. Alguém teria que fazê-lo por ele.

A promessa de Deus é muito reconfortante: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).

“Pois Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dEle” (Jo 3:17).

“Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1, ARA).

terça-feira, 26 de abril de 2011

Doador Extravagante

Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça, todas as coisas? Romanos 8:32

Alguma vez você já recebeu um presente que por você mesmo não seria capaz de comprar? Quem sabe uma caneta Mont Blanc, um relógio Rolex, uma câmera digital último modelo, um carro, uma moto? E, de sua parte, você já se arrependeu alguma vez por não ter dado um presente melhor para alguém? Creio que nos arrependemos mais por não termos dado um presente melhor do que por termos feito algum sacrifício. Dizemos: “Foi caro, fiz um sacrifício, mas valeu a pena.”

No texto de hoje, pela maneira de Paulo fazer a pergunta, não resta dúvida nenhuma. Ele argumenta: “Se Deus deu o Seu Filho, como não nos dará todas as coisas?” A lógica é clara. Partindo do maior para o menor, ele diz: “Se Ele não poupou Seu próprio Filho, se não O impediu de sofrer, não Se esquivou, não Se conteve ao oferecê-Lo, não O impediu de ir até a cruz... Se entregou tudo, o que mais Deus poderia dar que se aproximasse do preço do Calvário? Como é que Ele vai reter alguma coisa? Como é que Ele não vai colocar tudo à nossa disposição? Se quando éramos inimigos Deus nos tratou pacientemente, como é que agora, sendo Seus filhos, não vai dar ‘todas as coisas’?” Paulo fala em termos universais, excluindo qualquer limitação. “Como podemos estar certos de que Deus vai suprir todas as nossas necessidades?” Ou: “O que mais você quer?”

Veja que espécie de doador é Deus. Não é aquele doador mesquinho que fica calculando o mínimo que pode gastar para dar um presente. Ele é um doador que dá graciosamente. Se em Sua natureza está o fato inerente de que Ele dá todas as coisas de maneira generosa e até mesmo extravagante, como é que vai restringir suas dádivas? Como não vai cuidar de nós? Se, quando éramos inimigos, Ele nos tratou com misericórdia, como é que agora, sendo Seus filhos, não nos dará em abundância Seu amor, Sua justiça e Seu perdão?

Você pode ter a certeza de que, na condição de filho de Deus, todas as bênçãos celestiais estão ao seu alcance. Em Cristo, o Céu é seu!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Deus do Nosso Lado

Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:31

Quando lemos o capítulo 8 de Romanos, parece que até ali, naquele momento, Paulo estava sentado falando para um grupo de alunos. Então, ele se colocou em pé, como se tivesse alguma coisa muito importante para falar. E começou: “Em vista de tudo isso que vocês escutaram, o que nos resta dizer?”

E, segundo John Stott, lançou para o ar a primeira das “cinco perguntas irrespondíveis” e o primeiro verso do que alguns chamam de cântico triunfal do cristão.

Com sua facilidade de expressão, Paulo começou lançando um desafio: “Se Deus é por nós, quem vai prevalecer contra nós?” Ele usa uma cláusula condicional. O que significa o “se”, na frase de Paulo? Estaria ele dizendo: “Olha, eu não estou bem certo de que Deus vai estar conosco”? Estaria ele dizendo: “Eu não estou bem certo de que Deus está do nosso lado”, ou ele estava declarando que, “baseado naquilo que conheço de Deus e do Seu grande amor por nós, o Senhor é por nós”?

Se você substituir a palavra “se” e deixar a expressão “já que Deus é por nós”, terá a noção exata do que Paulo quis transmitir.

A intenção de Paulo não foi fazer uma bonita declaração, mas colocar algumas respostas em nossos lábios e criar certeza dentro de nós. Se Deus é por nós, Ele vai estar conosco nos momentos de ansiedade e preocupação.

O inimigo vai colocar tropeços no caminho, dúvidas e tentações em nossa mente. Pode querer arruinar nossa família, perturbar a vida dos nossos filhos e nos desanimar, mas não devemos temer. Pode haver enfermidades, desapontamentos e circunstâncias difíceis.

Podemos pensar: “Deus tem tanta coisa para cuidar, será que Ele vai Se importar comigo? Será que Ele vai ter tempo para mim?” Como reagimos quando coisas ruins acontecem conosco?

Pedro também disse: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade” (1Pe 5:7). Não é você ficar com as pequeninas ansiedades e entregar as grandes a Deus. Não é escolher aquelas com as quais Deus vai lidar e aquelas que ficarão sob seu cuidado. Todas as coisas que podem ser contra nós não serão problema para Deus enfrentar.

“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo? [...] Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante” (Sl 27:1, 3).

domingo, 24 de abril de 2011

Seus Olhos Foram Abertos

Então os olhos deles foram abertos e O reconheceram. Lucas 24:31

Há muitas histórias, muitos hinos e inspiração relacionados com a manhã da ressurreição. Os quatro Evangelhos são unânimes em mencionar que era de manhã, bem cedo, quando a ressurreição ocorreu (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1).

Mas uma história menos conhecida é a que aconteceu com dois discípulos, presumivelmente entre três e seis da tarde daquele dia. Não conhecemos a identidade deles, se eram dois homens ou um casal. Estavam fazendo o caminho de volta para Emaús. A despeito de já terem ouvido que as mulheres haviam visto o sepulcro vazio, assim mesmo continuavam desanimados: “Que pena! Ele está morto! Já é o terceiro dia e ninguém O viu. As mulheres devem ter tido uma alucinação!”

Quem quer que eles fossem, seus sonhos e esperanças estavam estraçalhados. Era o tipo de viagem de retorno que você faz dizendo: “Podia ter sido diferente! Que pena que não aconteceu como esperávamos. E agora, o que é que nos aguarda?”

Jesus Se aproximou deles nesse momento de tristeza. Procurou entender suas esperanças e seus desapontamentos. Ainda hoje Ele faz a mesma coisa: Aproxima-Se de nós em nossos momentos de tristeza e entende nossos temores.

Jesus lhes perguntou sobre o que discutiam com tanto interesse. Depois abriu as Escrituras para eles. Imagine o maior dos mestres explicando o maior de todos os temas, usando o maior Livro de todos os tempos!

Ele mencionou as profecias que lhes eram tão familiares e deu a elas profundidade de significado. Foi uma caminhada de mais ou menos três horas. Aproximaram-se da entrada da cidade. Então, convidaram Jesus para que ficasse com eles: “Jante conosco. Já é tarde.”

Naquele momento, o coração deles estava aberto para receber a visita de Jesus. A comida estava à mesa. Em lugar de visitante, Jesus tomou a posição de anfitrião. Com Seu jeito peculiar, levantou as mãos para abençoar. Num lampejo de memória, eles se lembraram da multiplicação dos pães e da ceia da Páscoa. E então reconheceram Jesus; porém, o ilustre visitante desapareceu.

Eles nem tocaram na comida. Não perderam um minuto. Mesmo cansados e famintos como estavam, encararam novamente outros 11 quilômetros no meio da noite para contar aos amigos que estavam reunidos: “Realmente, aconteceu! Ele caminhou ao nosso lado. Ele está vivo!”

sábado, 23 de abril de 2011

Jesus Vive

Por que vocês estão procurando entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lucas 24:5, 6

Estávamos em Jerusalém naquele sábado pela manhã, eu, com minha esposa e um grupo de amigos, no Jardim da Ressurreição. “Este é o único lugar em Jerusalém no qual os pássaros ainda cantam”, disse a guia para nós. Ao entrar no jardim, havia como que uma atmosfera transcendente, como se aquele ambiente guardasse até hoje a majestade do maior acontecimento cristão: a ressurreição.

Começamos a relembrar os fatos: alguns tinham abandonado suas redes de pescar, um deles deixara sua mesa de cobrança de impostos. Outros tinham deixado suas ocupações e famílias para seguir aquele Homem que acreditavam ser o Messias, o Salvador do mundo. Dificilmente alguém poderia imaginar começo menos promissor para uma nova religião. Jesus condenado, oprimido, maltratado, julgado como criminoso. O sangue Lhe banhava o rosto. Uma espada abriu a ferida em Seu peito.

Quando Jesus morreu naquela sexta-feira, as esperanças dos discípulos se fizeram em pedaços, como uma garrafa atirada com fúria contra a parede. Como foi que tudo terminou daquele jeito?

E o que pensava Maria, que também estava perto da cruz? Ela se lembrava do anjo, da estrela, da festa em Caná, da água e do vinho, daqueles que Ele tinha curado, dos milagres... Mas agora Ele estava morto. Teria a morte a palavra final?

A pressão sobre os discípulos havia sido muito forte. Eles eram um grupo disperso, rejeitado. Não havia sentimento nenhum de libertação. Nada que falar. Amedrontados, escondiam-se timidamente no aposento superior com a janela fechada enquanto alguém cuidava da porta. Suas lágrimas eram interrompidas apenas pelas palavras de desânimo. O fundador do grupo foi abandonado por Seus seguidores quando chegou o momento crucial. Morreu executado como criminoso comum.

Mas a história teve uma reviravolta. Os discípulos mal podiam conter a alegria. Estavam eletrizados pela notícia de que Jesus havia ressuscitado! Foram transformados de pessoas cheias de medo em pessoas cheias de confiança.

A ressurreição provava que Jesus é divino. Nenhum ser humano tinha poder sobre a sepultura.

As profecias sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus eram verdadeiras!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ele Não Está Aqui!

O anjo disse às mulheres: “Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Mateus 28:5, 6

Estávamos reunidos na sede de acampamento Mount Aetna, nas redondezas de Washington, durante a Semana Santa. Com a equipe do Ministério Jovem da Associação Geral, estavam também os diretores do Ministério Jovem de cada Divisão da igreja no mundo, aproximadamente 25 pessoas ao todo.

No domingo pela manhã, o pastor Richard Barron, então associado do Departamento Jovem da Associação Geral, realizou o devocional. Com seu jeito peculiar de falar, retórica rica e imaginação brilhante, cumprimentou a todos: “Cavalheiros, quero lembrar a vocês que hoje é o domingo da Páscoa, dia da ressurreição.” E acrescentou: “Havia no Céu uma agitação incomum, como se alguma coisa importante estivesse para acontecer. Gabriel se aproximou do Pai e perguntou: ‘Senhor, posso ir? Posso ir, Senhor?’ E quando Deus deu a ordem, Gabriel saiu com a velocidade da luz. Quando estava se aproximando de Júpiter, começou a frear. Ao chegar à Terra, o impacto foi tão grande que a terra tremeu, a pedra que fechava a sepultura de Jesus rolou e o Filho de Deus ressuscitou.”

É verdade, ninguém podia deter o Filho de Deus na sepultura. As palavras dos anjos às mulheres foram: “Não tenham medo. [...] Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou!” (Mc 16:6).

A ressurreição marcou o início de uma nova criação. Tudo na natureza parecia, de maneira eletrizante, estar traduzindo a vida nova que Jesus trazia. A luz do Sol brilhava com mais força e intensidade; os pássaros cantavam mais forte. As flores desabrochavam com mais beleza; cada botão se abria com mais vigor. A fonte jorrava com mais força. Mães sorriam e bebês paravam de chorar.

Quando os discípulos receberam a notícia, foram tomados por novo vigor. Respiravam uma atmosfera de vitória e conquista. Era uma realidade boa demais para se acreditar. Aquele domingo se tornou um dia de alegria e celebração. Aquela manhã foi testemunha da maior manifestação de triunfo: a morte não teria mais a palavra final.

Se Jesus ressuscitou, todas as promessas dEle se cumprirão; tudo aquilo que Ele disse que faria, Ele fará.

Glória a Deus! Ele vive!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um Ladrão no Paraíso

Jesus, lembre-Se de mim quando o Senhor vier como Rei! Lucas 23:42, NTLH

O último amigo de Jesus era um pecador, ladrão, malfeitor que no caminho descendente para o fracasso se encontrava no último degrau. Ali estava ele na última hora de sua vida, colocando a confiança no poder e misericórdia do Salvador. Como outros, desejava uma segunda chance. Um novo começo. Uma página em branco. Foi a única pessoa que chamou Jesus de Jesus.

Quando chamou Jesus de Senhor, aquele homem declarou sua crença na existência de um reino. Se Ele era rei, possuía um reino. Se Jesus tinha um reino, então ele queria ser Seu súdito. Por isso, disse: “Senhor, apesar do que sou, há a possibilidade de que Te lembres de mim quando vieres como Rei?”

Jesus viu aquele momento como se fosse o clímax do trabalho da redenção, e então, no último instante de Sua vida, na hora mais difícil, proferiu uma palavra de ânimo a um bandido que estava ao Seu lado, numa cruz. Respondeu: “Eu lhe garanto [hoje]: você estará comigo no paraíso” (v. 43). Em realidade, ali se cumpria o que o profeta Isaías escrevera: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito” (Is 53:11, ARA).

A força que transcendeu desse encontro há 20 séculos ainda nos alcança. Ali estava um homem que não mais “se escondia”. Que se jogou totalmente nos braços da graça de Deus. Com ele aprendemos que não podemos ganhar a salvação. Nem podemos comprá-la. Nem mesmo ser suficientemente bons para recebê-la. O que o ladrão fez para merecer essa graça?

O caminho da salvação é simples. O pior dos pecadores pode ser salvo. Tudo o que ele teve que fazer foi receber a graça de Deus por meio da fé em Jesus.

Hoje também você pode orar como o ladrão penitente: “Jesus, lembre-Se de mim quando o Senhor vier como Rei!”

E assim como Jesus respondeu ao ladrão arrependido, Ele certamente também lhe dirá que você tem um lugar garantido em Seu reino.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Homem que Mudou de Ideia

Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o Seu brado e viu como Ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus!” Marcos 15:39

Não sabemos como ele se chamava, apesar de a tradição dar-lhe o nome de Longinus. Como veterano de guerra nas fileiras militares, ele foi indicado com sua guarnição para um posto fronteiriço do Império: a Palestina. Ele tinha crescido e sido educado numa cultura que salientava o poder e havia conseguido em sua carreira militar muitas medalhas, comendas e troféus. Era um soldado que tinha jurado fidelidade a César. Estava orgulhoso de marchar sob a bandeira da águia romana.

Sob a responsabilidade de sua guarnição estava agora a tarefa de crucificar três homens. Imagino que esses soldados devam ter passado por um processo de dessensibilização para não se abalarem com o sofrimento, os gritos de dor e os xingamentos daqueles que eram crucificados.

Entre os que seriam crucificados, um deles, marcado pelos açoites, mantinha o porte de realeza e dignidade. Não havia em Seu rosto o estigma do crime, nem a expressão de vingança.

O centurião acompanhou passo a passo todo o processo da crucifixão. Escutou Jesus dizer: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23:34). Escutou a conversa de um dos ladrões com Jesus. Procurou manter a calma de seus soldados quando o sol escureceu. Viu quando Jesus exalou o último suspiro. “Ele é inocente. Ele não merece morrer. Por que estão fazendo isso?”

No livro O Desejado de Todas as Nações, lemos: “Nos acontecimentos finais do dia da crucifixão, [...] quando a treva se erguera de sobre a cruz, e o Salvador soltara Seu brado agonizante, ouviu-se imediatamente outra voz dizendo: ‘Verdadeiramente este era o Filho de Deus’ (Lc 23:47).

“Essas palavras não foram murmuradas em segredo. Todos os olhos se voltaram a ver de onde provinham. De quem eram? Do centurião, o soldado romano. A divina paciência do Salvador, e Sua súbita morte, com o grito de vitória nos lábios, impressionaram esse pagão. [...]

“Assim foi novamente dada a prova de que nosso Redentor devia ver o trabalho de Sua alma. No mesmo dia de Sua morte, três homens, diferindo largamente entre si, declararam sua fé – o que comandava a guarda romana, o que conduzira a cruz do Salvador e o que morrera na cruz ao Seu lado” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 770).

terça-feira, 19 de abril de 2011

Levando a Cruz de Jesus

Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz. Marcos 15:21

Já percebeu como coisas insignificantes levam muitas vezes a surpresas e circunstâncias inesperadas? Sair cinco minutos antes ou depois, perder um ônibus e tomar outro, escolher sem motivo aparente outro trajeto... E muitas vezes aparecem circunstâncias sobre as quais não temos controle.

O texto de hoje coloca tudo de maneira bem resumida. No cenário, estava Simão, prosélito judeu que tinha ido a Jerusalém a fim de assistir à festa da Páscoa. Ele era de Cirene, cidade grega relativamente grande, na região em que agora está a Líbia, no norte da África. De outro lado, havia os soldados romanos. Para eles, Jesus era apenas mais um entre tantos condenados que iria receber como pena a morte de cruz. Rudes e severos, tinham pressa para que tudo terminasse logo.

No centro de tudo e de todos, Jesus. Na noite anterior, Ele havia sido levado de uma sala de julgamento para outra. Tinha sido castigado, maltratado e açoitado. Era visível Seu sofrimento, e o corpo já não respondia como Ele gostaria. Exausto, caiu sob o peso da cruz.

Num toque de piedade, os soldados perceberam a impossibilidade de Jesus continuar levando a cruz. Procurando quem poderia ajudar, obrigaram Simão a levar o madeiro. Os discípulos poderiam ter se aproximado e ajudado, mas tinham medo. Simão deve ter pensado: “Por que fui passar por aqui justamente agora? Estou no lugar errado e na hora errada!”

Ele não ia levar uma taça ou troféu, que todo mundo apreciaria carregar. Mas aquilo que ele aceitou compulsoriamente terminou em serviço voluntário. Porque séculos antes da cruz o profeta já dissera: “O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53:6). Que fardo realmente pesado!

Simão se tornou a única pessoa que ajudou Jesus a levar Sua cruz. E essa cruz que ele levou se tornou o instrumento de sua conversão. Ele bem poderia cantar o hino: “Ao pé da cruz de Cristo, feliz desejo estar, / Repouso ter à sombra ali, e então a paz gozar” (Hinário Adventista, nº 416).

Permita que a cruz de Cristo modifique a sua vida também.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Equilíbrio

Não seja excessivamente justo nem demasiadamente sábio; [...] Não seja demasiadamente ímpio e não seja tolo; [...] É bom reter uma coisa e não abrir mão da outra, pois quem teme a Deus evitará ambos os extremos. Eclesiastes 7:16-18

Partindo da definição comum de equilíbrio como harmonia, moderação, autocontrole, postura sem oscilação, o Dr. Spencer Johnson, em seu livro Um Minuto Para Mim, define equilíbrio como “estilo de vida que contempla todas as áreas da vida”.

Equilíbrio é você viver de maneira equilibrada, podendo em alguns momentos se decidir entre a aproximação e o retraimento, o muito e o pouco, o tradicional e o contemporâneo, entre o amor e a disciplina, entre as mãos de Marta e o coração de Maria.

Ser equilibrado não significa ser alguém sem tônus, frio, impassível, calculista. Nem devemos imaginar que equilíbrio seja uma régua, uma trena para ver se saímos do trilho, nos excedemos ou fomos longe demais.

O inimigo do bem quer nos polarizar em diferentes áreas da vida. Quer que sejamos extremistas.

Se concordarmos que “equilíbrio é contemplar todas as áreas da vida”, precisamos de um estilo de vida em que levemos em conta família, trabalho, recreação, amigos, igreja e nossas necessidades pessoais.

A família precisa de atenção e mais quantidade de tempo, em lugar de estar em frente ao computador e à televisão. O trabalho e a vida profissional requerem constante aperfeiçoamento. A vida devocional e a comunhão com Deus também devem estar todos os dias em nossa agenda. O lazer, a recreação e o relacionamento com os amigos igualmente fazem parte desse equilíbrio.

Jesus cumpriu Sua missão aqui na Terra com equilíbrio. Não temos registro de que Ele alguma vez estivesse apressado. Nunca vemos Jesus pressionando os discípulos para ultrapassarem os limites, negligenciar o descanso ou deixar de comer. Ele sabia quando trabalhar, quando começar e quando terminar. Até nos últimos momentos, de certa forma, podemos ver equilíbrio na vida de Jesus: “Tomaram eles, pois, a Jesus; [...] e com Ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio” (Jo 19:17, 18, ARA).

Mesmo que a colocação da cruz de Jesus no meio possa ter sido uma indicação dos que O crucificaram de que Ele era o pior; por outro lado, Jesus estava dizendo: “Fique no centro. Evite os extremos.”

domingo, 17 de abril de 2011

Lidando com a Depressão

Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Salmo 42:5

A razão pela qual muitas pessoas se sentem atraídas para o livro de Salmos é que ele fala a linguagem do coração humano. Os versos dos salmos nos ajudam a expressar emoções que de outra maneira seria difícil. Qualquer que seja nossa emoção existe um salmo para refleti-la, seja ela medo, raiva, gratidão, alegria ou ansiedade.

Temos que nos aproximar de Deus, dAquele que sabe que “nossa estrutura é pó”, e contar honestamente para Ele como estamos nos sentindo. Podemos ir além do que apenas pedir-Lhe que interprete o que estamos sentindo – medo, tristeza, culpa ou ansiedade –, e que nos mostre a melhor saída. Às vezes, é a espera do resultado de um exame médico, o cônjuge que saiu sem se despedir, o noivo que foi rude... Às vezes, temos que tomar algumas providências: telefonar, ir a determinado lugar, conversar com alguém, etc.

O salmista se pergunta: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada?” Ele parece deprimido e desanimado. A primeira coisa que ele fez foi identificar o que estava roubando sua paz.

O grande poeta cristão Willian Cowper sofria do que parecia ser uma tendência maníaco-depressiva. Quando tinha 32 anos, tentou o suicídio várias vezes, mas, parece cômico e irônico, sem nenhum sucesso. Tentou se envenenar, no entanto, não funcionou. Decidiu, então, jogar-se no Rio Tâmisa; não deu certo. Na manhã seguinte, tentou se suicidar jogando-se sobre uma faca, mas a faca quebrou. Tentou, então, se enforcar, mas foi encontrado caído, inconsciente, no chão.

Vários anos depois, John Newton disse no funeral de Cowper: “Ele passou por grande tribulação. Mas a eternidade será suficientemente extensa para emendar tudo.”

Nossa resposta consiste em colocar a esperança em Deus. Ele sabe o caminho. Nos altos e baixos da vida, nossa maior necessidade é Deus.

Como é bom começar o dia sabendo que temos alguém ao nosso lado que sabe nos tirar do labirinto no qual nos encontramos.

“Por que é que você está tão deprimida, querida alma? Por que está chorando de tristeza? Ponha seus olhos em Deus, logo louvará novamente. Ele põe um sorriso em minha face. Ele é o meu Deus” (Sl 42:5, The Message). “Espere um pouco!” Diga: “Eu vou sair dessa!”

sábado, 16 de abril de 2011

Sem Listas de Coisas Para Fazer

Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia é o sábado, o dia de descanso consagrado ao Senhor. Êxodo 31:15

Odescanso do sábado. Todos os dias temos nossa lista de coisas para fazer e compromissos a cumprir: telefonemas a dar e receber, e-mails para responder, contas a pagar, prazos finais para entrega de planos ou projetos de trabalho, reuniões, etc. Quando chega o sábado, Deus diz: “Reduza sua velocidade, experimente a paz. Deixe de lado sua lista de coisas que você tem que fazer.” Nada de trabalhar ou dar uma olhadinha nas matérias da escola. Nada de televisão, nem de acompanhar o campeonato. Nada de se preocupar em ganhar dinheiro ou tirar boas notas nos estudos. Não precisamos estar preocupados com produzir ou realizar.

O sábado e a família. No centro da Lei, Deus colocou duas instituições que nos acompanham desde o Éden: o sábado e a família. E é no seio da família que aprendemos de maneira mais espontânea a devida observância do sábado. Na sexta-feira, as crianças podem ajudar na preparação da casa, colocando os pertences no lugar, e até separando os brinquedos da semana dos brinquedos do sábado. “Os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o dia mais alegre da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359).

Com o passar do tempo, eles perceberão que para o sábado a casa está sempre em ordem, a roupa limpa, a mesa bonita e a comida é especial. Como o sábado é o dia que dedicamos àqueles a quem amamos, compartilhamos também nossa mesa com os amigos. Comemos mais calmamente, sem olhar para o relógio, sem ter que sair às pressas para o trabalho.

O sábado e a graça de Deus. O sábado é o dia para experimentarmos a graça de Deus por excelência. Uma lembrança contínua de que nossas obras não vão somar mérito nenhum para conseguir a salvação. O sábado nos ensina que não é por fazermos mais que Deus nos amará mais. O sábado é o dia em que os erros, as feridas e as injustiças reais ou imaginárias são perdoados. É o dia no qual libertamos do nosso julgamento aquele que errou.

“Se você vigiar seus passos e não usar Meu santo dia para vantagem pessoal; se você tratar o sábado como dia de alegria, o dia de Deus como celebração; se você o honrar recusando ocupações rotineiras [...] então você estará livre para se alegrar em Deus” (Is 58:13, 14, The Message).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Graça Entronizada

Aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4:16

Trono é símbolo de realeza e autoridade. Tronos são ocupados por reis e monarcas que enfeixam nas mãos muito poder. Imaginamos o trono como lugar de difícil acesso, de possibilidade de aproximação muito remota. Se você já teve a oportunidade de estar em uma audiência com alguma autoridade, conhece o cerimonial e a formalidade que cercam a visita a uma pessoa assim. Para começar, as entrevistas são conseguidas a muito custo. São entrevistas solicitadas e “mendigadas”, com tempo bastante limitado, e dependem muitas vezes de um bom intermediário.

Antes de chegar à sala de audiência, você passa por várias antessalas, onde sua paciência é testada pelo tempo que fica aguardando. Para mim, essas salas, em lugar de nos deixar tranquilos, nos enchem de ansiedade, colocando a pessoa que vamos visitar num patamar mais elevado, e nós, como os “privilegiados” que se aproximam de alguém altamente inacessível.

E ali na sala de audiência está a autoridade com a qual queremos falar, acompanhada de dois adjuntos, uma secretária e dois oficiais. A conversa que era de caráter pessoal acaba sendo escutada por outros. Falta a privacidade que você gostaria de ter recebido.

Em contraste com a formalidade de uma audiência assim, todos os seres humanos são convidados a se aproximar do lugar mais importante de todo o Universo: o trono da graça de Deus, levando até ali seus pedidos.

Ao orarmos, não percamos de vista o fato de que é por meio da oração que entramos na “sala de audiência de Deus”. Vamos conseguir o que o povo israelita sempre quis, durante muito tempo: acesso livre e direto a Deus; liberdade de aproximação.

Quando ouvimos a expressão “trono da graça”, o coração se enche de confiança. É um lugar de onde nascem e fluem todas as bênçãos. Para essa audiência, todos os seres humanos são gentilmente convidados. E quem nos convida é o Criador de todas as coisas! Convida-nos para entrar em Sua presença e nos aproximar do trono da graça.

Diante do soberano do Universo, pobres pecadores podem ter acesso e se apresentar com ousadia, com confiança e certos de que vão ser atendidos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Arrependimento É o Primeiro Passo

Vocês devem mudar seus corações e suas mentes e crer nas boas-novas. Marcos 1:15, Phillips

Na luta contra o pecado, cada um de nós se sente preso na armadilha de pecar e confessar, pecar e confessar, uma e outra vez. Será que podemos quebrar esse ciclo de levantar e cair, tentar andar e tropeçar, confiar e desanimar? A boa notícia é que as cadeias podem ser quebradas, o jugo pode ser desfeito e as amarras podem ser cortadas. Não interessa há quanto tempo você esteja nesse caminho, detido e enroscado, em atitude de derrota.

Se você perguntar como vencer isso, muitos programas de autoajuda, psicólogos, educadores e agentes sociais vão oferecer respostas aparentemente positivas. Mas somente Deus tem a saída. É uma palavra bonita, pouco ouvida em nossos dias: arrependimento. Foi a palavra com a qual Jesus iniciou Seu ministério.

Vamos começar explicando o que o arrependimento não é. Não é aquele sentimento de: “Que pena que fui descoberto.” “E agora como vou encarar meus pais?” “E a minha família?” “E minha reputação?” Não é apenas temer as consequências do erro. Você já teve que assinar uma multa reconhecendo excesso de velocidade? Você lamentou estar correndo demais, colocando em risco sua vida e a de outros, ou o fato de ter que pagar a multa? Você pode até chorar enquanto está dizendo que estava errado, sem, no entanto, se arrepender.

Arrependimento é uma nova maneira de pensar. Não é apenas se desviar do mal, mas tomar nova direção. É aquela placa de retorno que traz alívio quando erramos o caminho, quando passamos do trevo de saída, quando deixamos de ler o mapa, de ver ou escutar o GPS. É quando deixo meu caminho e sigo no caminho de Deus. É me afastar do pecado e me aproximar dEle. Isso pode ser feito agora. Fale com Deus, Ele vai ajudá-lo a dizer: “Lamento muito o que fiz. Não devia ter feito. Ajuda-me a reparar da melhor forma possível o mal feito.”

Deus simplesmente dirá: “Tome o próximo retorno. Mude de direção. Venha a Mim.”

Não haverá cobranças, censuras, nem recriminações. Apenas celebração: “Há alegria no Céu por um pecador que se arrepende.”

“É só um passo, uma decisão, um aceno / Pra sua vida encontrar valor que é pleno / Sair em busca de um tesouro / Trocar o velho pelo novo / Descobrir que a vida pode ser tudo aquilo que não foi” (É Só Um Passo, letra e música de Jader Santos).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Convite Para Orar ao Pai

[Jesus] lhes disse: “Quando vocês orarem, digam: Pai!” Lucas 11:2

Em resposta ao pedido dos discípulos – “Ensina-nos a orar” (v. 1) –, Jesus lhes ensinou o Pai Nosso, ou a Oração do Senhor.

Em contraste com aquelas orações compridas e infindas repetições ensinadas pelos rabinos, a oração que Jesus ensinou é breve, expressiva, completa. Ela contém apenas 70 palavras. Mas um novo elemento foi introduzido. Trata-se de uma nova expressão pela qual Jesus ensinou Seus discípulos a se dirigirem a Deus como Pai. Queria impressioná-los com a necessidade de comunhão íntima, de familiaridade e proximidade com Ele.

No Antigo Testamento, Deus é chamado de Pai apenas sete vezes, e em todos esses casos é Israel como nação que Lhe fala. De outro lado, os Evangelhos registram que Jesus mencionou a palavra “pai” 170 vezes. Ele queria que todos olhassem para Deus como Pai de misericórdia, ternura e amor.

Não sei qual é a expressão que você usa para começar suas orações. Escuto algumas vezes, na igreja, orações dirigindo-se a Deus assim: “Grandioso, Altíssimo e Soberano Senhor!” Essas expressões não estão erradas, em si, porque falam da grandeza de Deus, mas perdemos em termos de proximidade e intimidade. Elas colocam Deus muito distante. Sentimo-nos longe, pequenos, lá embaixo, ao pé de uma longa escada; e Deus lá em cima, difícil de ser alcançado. Ele nem Se aproxima nem nos enxerga direito.

Chamar a Deus de Pai é uma demonstração de dependência. É também uma expressão de segurança e confiança. É a percepção de nossa necessidade e de completa dependência de Deus.

Na hora difícil de grande necessidade e angústia, o próprio Jesus, no Jardim do Getsêmani, dirigiu-Se a Deus com a expressão “Abba”. Era simplesmente a demonstração de um relacionamento vivido por Ele. Falou com Seu Pai com simplicidade, intimidade e confiança.

Nós, como filhos adotivos de Deus, também podemos nos aproximar com ousadia, e em nossos momentos de incerteza e desespero chamá-Lo de “Pai”.

“Para fortalecer-nos a confiança em Deus, Cristo nos ensina a dirigirmo-nos a Ele por um nome novo, um nome enlaçado com as mais caras relações do coração humano. Concede-nos o privilégio de chamar o infinito Deus de nosso Pai. [...] Pronunciado ao pedir Seu favor ou bênçãos, soa-Lhe aos ouvidos como música” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 141, 142).

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Escândalo da Graça

Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos. Mateus 20:16

Diga-me o que pode fazer alguém que chega ao emprego e bate o cartão às cinco da tarde (sem se tratar de um turno especial)? O que vai fazer no escritório, na oficina, na fábrica ou no campo? O melhor do dia já se foi. O que era para ser feito naquele dia, já terá sido feito. O que era urgente ficou para trás.

Aqui está a história de um homem que precisava fazer sua colheita de uvas no menor tempo possível. Logo no início da manhã, ele foi procurar trabalhadores braçais, oferecendo uma moeda de prata pelo dia de trabalho. Encheu um ônibus rural e levou todos. Descobriu que precisava de mais gente. Foi às nove da manhã, voltou ao meio-dia e às três da tarde. Chegou até mesmo a ir às cinco da tarde para recrutar mais gente para realizar a tarefa.

Nesta parábola encontramos várias surpresas:

Primeira surpresa: os que chegaram por último receberam o salário primeiro.

Segunda surpresa: os que começaram a trabalhar às cinco da tarde receberam salário de um dia completo. Suponha que o salário desse pessoal tivesse como base 60 reais. Assim, quando abriram os envelopes, esses últimos descobriram três notas amarelinhas de 20 reais, e ficaram nas nuvens. Olharam para os lados e saíram apressadamente.

E o restante do pessoal? Começaram a fazer cálculos. Aqueles que chegaram às três da tarde disseram: “Vamos receber 180 reais!” Quem havia começado a trabalhar ao meio-dia receberia 360; os que chegaram às nove da manhã receberiam 540; e aqueles que haviam trabalhado doze horas teriam 720 no bolso! “Que bolada vou receber! Minha esposa nem vai acreditar!”

Aí vem a terceira surpresa: os que trabalharam o dia todo receberam também um envelope com três notas de 20 reais. O porta-voz do grupo protestou, esperneou, mas de nada adiantou.

Lembra-se de como termina a parábola? “Os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.”

Amigo, a graça de Deus inverte o raciocínio. Ela diz para deixarmos de lado escalas, balanças, calculadoras e aferições de desempenho, porque a salvação é uma dádiva. “Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à Sua misericórdia” (Tt 3:5).

Nos negócios humanos, a compensação é feita de acordo com o trabalho realizado; mas, nos negócios do reino, a salvação é um presente, e você não paga por um presente que recebe.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Apenas uma Criança

[Davi] disse a Saul: “Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado.” Então tirou tudo aquilo e em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor, e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu. 1 Samuel 17:39, 40

No pregão de apostas para definir o vencedor da luta, as chances de vitória eram uma em cem. Essa era a situação de Davi. Até ali os desafios tinham sido os xingamentos, a estratégia militar do inimigo, as especulações, a checagem das armas, o levantamento de homens em condições de luta, e assim por diante.

Os filisteus costumavam dizimar seus inimigos, o que deixaria para trás os clássicos filmes de ação, com luta entre facções, gangues e grupos: no filme Rambo IV, morreram 449; em O Exterminador do Futuro, foram 538 mortos; Guerra nas Estrelas, 508; e em O Justiceiro, foram 662 mortos (tudo na ficção, claro).

Tenha em vista algumas coisas quando tiver que enfrentar desafios:

Não se compare aos demais. Há pessoas compulsivas em se comparar a outras. Cada vez que um colega se sai bem, sentem-se fracassadas. Toda vez que o sol brilha para outros, do seu lado faz sombra. Acreditam que a Lei de Murphy só funciona para si mesmas, isto é, se alguma coisa tem que dar errado, dará errado com elas. O outro fala melhor, canta melhor, tem roupa de grife, tem o carro do ano. Ao nos compararmos com os outros, sempre encontraremos pontos nos quais eles nos superam, e outros nos quais nos saímos bem.

Aceite suas limitações. Medir-nos pelos outros é frustrante. Estamos em diferentes etapas de desenvolvimento, tanto física, quanto social, mental e espiritualmente. Pena que muitas vezes não temos a humildade nem a coragem para dizer “não sei”, “não posso”, “não tenho”. Temos nossos gostos, inclinações, interesses, mas não somos fortes em todos os pontos.

Use sua própria armadura. Disseram para Davi: “Você está chegando aqui com um currículo invejável. Você tem competência para colocar essa armadura do rei.” Então, pela insistência de outros, ele entrou no cenário da guerra parecendo aquilo que não era. “Mas como? Quero ser eu mesmo! Será que tenho que ser cópia dos outros?” Até que ele decidiu: “Não sou soldado. Sou pastor de ovelhas. Não vou aparecer com essa armadura. Vou usar meu estilingue e minhas pedras.” E disse mais: “Todos os que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor” (1Sm 17:47).

Não sei que gigantes ou desafios você terá que enfrentar hoje. Mas seja você mesmo. Esteja confiante, pois a batalha é do Senhor e Ele lhe dará a vitória!

domingo, 10 de abril de 2011

Criados à Imagem de Deus

Criou Deus o homem à Sua imagem. Gênesis 1:27

Durante toda a semana, Deus estivera antecipando o evento, ao criar todas as coisas na sequência em que o fez. A cada estágio da criação, realizava uma avaliação e dava Sua aprovação. Deus olhava e dizia: “Está bom.” Na sexta-feira, Ele anunciou: “Agora vamos para o melhor: a coroa, o ápice, o ponto alto desta semana.” E então criou o homem e a mulher. A única criação de Deus da qual é dito ter sido feita “à Sua imagem”.

Em que aspecto Deus criou o ser humano à Sua imagem? O que separa o homem do restante da criação? O que marca no ser humano o fato de ele ter sido criado “à semelhança de Deus”? Sabemos pela Bíblia que Deus tem emoções, aprecia a beleza, demonstra criatividade, ama e chega até a Se sacrificar.

Há uma combinação de atributos ligados ao fato de o ser humano ter sido criado à imagem de Deus: sua capacidade de pensar e raciocinar, de refletir, decidir, aprender e sentir sua criatividade artística e intelectual; sua liberdade de escolha, a capacidade de se relacionar com outras pessoas e a responsabilidade de compartilhar com Deus o domínio sobre a natureza.

A imagem de Deus inclui também a natureza moral. Deus criou homem e mulher com a capacidade de saber o que é certo e o que é errado. Apesar de a imagem ter sido afetada pela queda do homem, ainda assim conhecemos as implicações e consequências de quando agimos mal. Não somos como animais que aprendem a fazer coisas baseados na repetição, na recompensa ou punição.

Essa imagem inclui também a semelhança física. Note que a expressão “à imagem e semelhança” não quer dizer réplica nem cópia, mas sim que compartilhamos alguns traços fisionômicos com Deus. “Dotados de formas graciosas e simétricas, de aspecto regular e belo, [...] [Adão e Eva] apresentavam em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

E essa imagem inclui, finalmente, a capacidade de relacionamento e comunhão com Aquele que nos criou. “Como a moeda traz a imagem e a inscrição do poder reinante, igualmente, quando foi criado, o homem trazia a imagem e a inscrição de Deus. E conquanto agora manchada e desfigurada pela influência do pecado, permanecem em toda pessoa os traços dessa inscrição. Deus deseja recobrar essa pessoa e sobre ela gravar Sua própria imagem em justiça e santidade” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 194).

Ajuda-me, Senhor, a corresponder a esse grande privilégio de teres me criado à Tua imagem.

sábado, 9 de abril de 2011

Um Novo Nome

Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que a recebe. Apocalipse 2:17

Dar nome aos filhos é uma das experiências mais agradáveis e mais importantes para os pais. Não é tarefa para um impulso de momento. Queremos ter certeza de que foi o melhor porque, afinal de contas, é algo que ele ou ela vai levar para o resto da vida. Às vezes, um acontecimento da época, um artista ou desportista influenciam na escolha. Na escola, então, depois de uma semana observando os maneirismos e a fisionomia de seus novos colegas, alguns recebem apelidos (uns carinhosos e interessantes; outros, infelizmente, até mesmo ofensivos).

Quando os judeus davam nomes aos seus filhos, não o faziam com a preocupação de que soassem bonitos ou fossem eufônicos, mas que estivessem ligados às circunstâncias do nascimento do filho ou expressassem algum desejo futuro em relação a ele.

Mudar de nome era também uma prática bíblica. Abrão, “pai exaltado”, mudou para Abraão, “pai de uma multidão”. Sarai, “minha princesa”, para Sara, “princesa de muitos”. Simão, “o falante”, para Pedro, “a rocha”. Porém, havia outras razões para se mudar de nome. Uma delas era a necessidade de firmar novo laço de lealdade, como no caso de Daniel, que recebeu o nome de Beltessazar, na tentativa de transferir sua lealdade de Deus para Bel, o deus de seus captores. Outra razão era a ocorrência de um grande evento na vida da pessoa.

A melhor experiência dentre todos os que mudaram de nome é a de Jacó. Sua natureza conivente de enganador refletia o próprio nome. Enganou o irmão; enganou o pai com a ajuda da própria mãe; enganou e foi enganado pelo sogro. Teve que lutar com Deus para reconhecer sua falta e seu pecado.

Cada um de nós receberá um novo nome no Céu. Quem sabe seja um nome com alguma espécie de senha especial, ou um código alfanumérico reconhecido apenas por nós e por Deus para manter nossa identidade.

Mas Deus quer mudar nosso nome aqui mesmo. Agora. De “inveja” para “satisfação”. De “orgulho” para “humildade”. De “perfeccionista” para “tolerante”. Ele deseja nos dar um novo senso de valores. Uma natureza renovada. Uma mudança de fé e de planos. Um novo caráter.

Deus quer dar “um nome melhor do que filhos e filhas, um nome eterno, que não será eliminado” (Is 56:5). Quer fazer conosco o mesmo que fez com Jacó. Deseja nos dar um nome que não nos faça lembrar os pecados passados. Em lugar disso, vai nos dar um nome comemorativo de nossa vitória.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Pérola de Grande Preço

[O negociante,] encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. Mateus 13:46

Mesmo que não sejamos compradores obsessivos e compulsivos, há algumas coisas que fazem saltar nossos olhos e cativam nosso desejo de comprar. Às vezes, é um relógio de pulso, um celular, um par de tênis, uma roupa, óculos de sol... E queremos “espichar” nosso dinheiro. Dizemos: “Por que não gastar só um pouquinho mais e ficar completamente satisfeito?”

Foi esse sentimento que tomou conta do mercador de pérolas, quando ele encontrou o que estava procurando. “Achei! Era essa mesma!” A pérola era tão extraordinária que ele foi fisgado pela beleza da joia. Depois que a descobriu, estava disposto a fazer todo sacrifício para adquiri-la. Foi então que vendeu tudo o que possuía e a comprou.

Guy de Maupassant conta a história de Matilde Naisiel, mulher simpática, graciosa, mas casada com um pobre funcionário. Ela gostava de se vestir bem e ir a festas. Foram convidados pelo Ministro de Educação, de quem seu esposo era funcionário, mas lamentava não ter o que vestir. Com 700 francos dados pelo esposo, ela comprou um bonito vestido, e pediu emprestado à amiga Madame Forestier um colar de diamantes. Na festa, Matilde estava encantadora. Mas, no caminho de volta para casa, perdeu o colar. Tiveram que comprar outro pelo preço de 36 mil francos.

Dez anos mais tarde, ela se encontrou com Madame Forestier e lhe contou que havia trabalhado todos aqueles anos para pagar o colar.

– O quê? Mas você me devolveu o colar! – disse a Sra. Forestier.

– Sim, eu devolvi um igual a ele, e há dez anos o estamos pagando.

– Você está dizendo que comprou um colar de diamantes para repor o meu?

– Sim.

– Oh! Minha querida Matilde, mas o meu era somente de vidro e não valia mais do que 500 francos!

Muitos trabalham penosamente e se sacrificam para encontrar apenas desapontamento. A verdade é que somente Jesus satisfaz. Aquele que encontra em Cristo a satisfação de todos os seus desejos deve estar disposto a dizer como Paulo: “Vejo tudo como perda em comparação ao lucro superior de conhecer a Cristo Jesus. [...] Por causa dEle, cheguei a sofrer perda de tudo, mas considerei isto simples refugo, se comparado ao fato de poder ganhar a Cristo” (Fp 3:8, Phillips).

“Tudo que pode satisfazer às necessidades e anelos da vida humana, para este e para o mundo vindouro, é encontrado em Cristo” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 115).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Graça e Dádiva

Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vocês. 2 Coríntios 8:9

Pela manhã, o pastor se colocou em pé diante da congregação e anunciou: “Irmãos, tenho ótimas notícias para dar a vocês! Já temos todo o dinheiro necessário para a reforma da igreja.” Um caloroso “amém!” animou o pastor a prosseguir: “E a outra notícia, melhor ainda, é que esse dinheiro está no bolso de vocês.” Não houve outro “amém”, mas a igreja entendeu a mensagem do pastor.

O que nos motiva a doar? Para atender a um apelo, suprir uma necessidade, ou como um ato de adoração? Ao participarmos com nossas ofertas, estamos demonstrando que entendemos aquilo que Deus fez em nosso coração e em nossa vida, transformando-a por Sua graça.

Nos capítulos 8 e 9 da segunda carta de Paulo à igreja de Corinto, a palavra “graça” aparece dez vezes. E todas elas relacionadas com o ato de doar – um ato que flui do coração. Não foram as circunstâncias externas que influenciaram a “rica dadivosidade”. Os macedônios não estavam doando de sua abundância, mas de sua pobreza. Eles estavam doando não porque tinham que doar, mas porque desejavam doar, como se fosse um privilégio e não uma obrigação.

Ao visitar a igreja de Corinto, que era composta de escravos, trabalhadores e gente de bem, Paulo mencionou como exemplo as igrejas da Macedônia, que incluía Tessalônica, Filipos e Bereia. Essas igrejas também tinham enfrentado dificuldades e escassez econômica. Eram igrejas de condições financeiras modestas, mas Deus tocou o coração daquelas comunidades. Mesmo com limitações, os irmãos doaram generosamente.

Um cartaz numa igreja dizia: “Deus ama ao que doa com alegria, mas também aceita o de mau humor.”

Devemos doar não movidos pela compulsão, nem com relutância. A graça de Deus tem que me levar do nível do “tenho de doar” para o nível do “desejo doar”. Ela é que torna possível nossa generosidade.

“Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra” (2Co 9:8).

A graça também mexe com nosso bolso na hora de ajudar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Cidades de Refúgio

[Senhor,] tens sido refúgio para os pobres, refúgio para o necessitado em sua aflição, abrigo contra a tempestade e sombra contra o calor. Isaías 25:4

Ao ler muitas vezes a Bíblia e me deparar com a descrição das cidades de refúgio em Números 35 e Josué 20, eu me perguntava: “Será que não existe em cada um dos nomes dessas cidades um significado com uma mensagem para os que vivem no século 21?” É verdade. Todas elas estão com os portões abertos e acessíveis a nós.

Quedes é lugar santo, consagrado. Aqueles que se sentem pecadores, impuros vão encontrar em Quedes a graça santificadora de Jesus.

Siquém significa força, ombro; o convite é para os que se sentem cansados, esgotados, no fim da corda, e necessitam de ânimo e firmeza. Hebrom é aliança, irmandade. Refúgio para os que não têm amigos e que se sentem desamparados. Esse é o lugar em que Deus reconhece aqueles que são esquecidos. É um lugar amigável e de aceitação.

Na Guerra do Golfo (2001-2003), ocorreu uma tempestade de areia no deserto, que atingiu uma das guarnições militares norte-americanas. Nessa ocasião, mais soldados foram mortos, não pelo inimigo, mas pelo “fogo amigo”. O consenso era: “Com pouca visibilidade, dependendo de onde você estiver, se vir alguém se aproximando, na dúvida, atire. Você já foi vítima de “fogo amigo”? Ou atacou alguém com “fogo amigo”?

Bezer significa fortaleza secreta, lugar forte. Esse é o lugar para o qual corremos em nossa debilidade, quando sentimos que já não temos forças. Se você não se sente capaz para alguma coisa, aqui está seu lugar forte e sua defesa. Ramote é exaltação, levantar-se. Ramote é o refúgio que precisamos quando nos sentimos indignos e nossa espiritualidade está lá embaixo. Precisamos que alguém nos ajude a ficar em pé. Deus, então, nos convida para “nos levantarmos e andar”. Golam é círculo, cerca. Você que se sente caçado pelo inimigo, e em fuga? Em Golam você se sentirá protegido.

Hoje, multidões procuram refúgio. São pessoas com medo, feridas, preocupadas e oprimidas. Pessoas tratadas injustamente, sem rumo, desorientadas. Vidas marcadas pela decepção. E essas cidades se constituem num símbolo do refúgio que encontramos em Jesus.

Devemos gritar para essas pessoas: “Ei, é aqui mesmo! Refúgio! Venham! Ele é o único em quem podemos nos refugiar com segurança.”

terça-feira, 5 de abril de 2011

Restaurando os que Caíram

Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Gálatas 6:1

Uma das mais bonitas modalidades dos jogos de inverno é a patinação artística. Na apresentação, é de tirar o fôlego o salto com vários giros no ar e a aterrissagem. Mas já assisti algumas vezes, quase no fim da demonstração, o salto e... a queda. O que era para terminar em pé, de braços abertos numa demonstração de “fiz tudo direitinho”, não se concretiza.

Os resultados de uma queda não são nada agradáveis, e nada é tão frustrante como cair diante dos outros. Cair sozinho, você disfarça, sacode a poeira e segue caminho. Mas, quando outros nos veem cair, é humilhante.

Como a igreja, como família e comunidade dirigida pelo Espírito, deve tratar aqueles que estiveram ao nosso lado, participaram no mesmo coral, ajudaram no mesmo projeto, e foram afastados de nosso convívio por causa de uma queda?

O mesmo texto em diferentes versões descreve um leque de atitudes positivas em relação àquele que caiu:

“Colocá-lo em pé muito gentilmente” (New English Bible). Quando alguém cai, sua primeira necessidade é se levantar sem ser lembrado de que caiu. “Colocá-lo silenciosamente de volta no caminho, sem nenhum sentimento de superioridade” (Phillips). Não é hora de querer dar uma lição, nem de se mostrar mais santo do que ele. “Deve ser auxiliado a corrigir-se, restaurar-se e reintegrar-se sem nenhuma demonstração de superioridade e com toda gentileza” (Versão Amplificada). Restaurar quer dizer “colocar de volta onde estava”. Tem a mesma conotação de colocar um osso deslocado no lugar.

“Restaurá-lo magnanimamente, ficando com você os comentários críticos” (The Message). Mostrar tato e simpatia, selecionando cuidadosamente as palavras, e persuadir a pessoa para que volte ao caminho.

Somos aqueles que estendem a mão e ajudam a limpar as feridas? Colocamos uma tala ou curativo e dizemos: “Vamos tentar de novo”? Depois do escorregão, oferecemos o ombro para ajudar o outro a se levantar?

Aquele que é poderoso para nos guardar de tropeçar e cair está nos convidando hoje para receber Sua graça e restaurar os caídos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quem é Você?

Que é o homem, para que com ele Te importes? E o Filho do homem, para que com ele Te preocupes? Salmo 8:4

Tempo começa, tempo termina, vira ano, vira século e continuamos fazendo as mesmas perguntas: “Quem sou eu, de onde vim, para onde vou, por que estou aqui?” E agora, outra pergunta mais recente: “Eles sabem que eu estou aqui?”

Anthony Campolo conta a história do que aconteceu com um grupo de 200 franceses que, após a Segunda Guerra, voltaram a Paris sofrendo de amnésia. Tinham sido tão maltratados nos campos de concentração que perderam a consciência de quem eram e de onde tinham vindo.

Com a ajuda da Cruz Vermelha e de alguns dos colegas de prisão, a identidade de 170 deles foi recuperada. Mas havia 30 homens cuja identidade parecia impossível de se encontrar. Os médicos que tratavam desses homens disseram que, a menos que amigos ou familiares os identificassem, a oportunidade de recuperação seria nula.

Alguém deu a ideia de colocar a fotografia dos homens na primeira página dos principais jornais do país. Mencionava-se que, se alguém conhecesse algum deles, deveria comparecer à Ópera de Paris em determinado dia e hora para vê-los e ajudar a encontrar sua identidade.

No dia estabelecido, uma multidão se reuniu para ver os veteranos de guerra. De maneira espirituosa, o primeiro homem vítima de amnésia subiu ao palco da ópera parisiense. Sob um forte refletor, deu lentamente uma volta de 360 graus e, diante da multidão silenciosa, perguntou: “Alguém de vocês sabe quem sou?” Felizmente, o plano funcionou. Todos eles foram identificados.

Quando alguém nos pergunta quem somos, a primeira coisa que mencionamos é nosso nome. Se há tempo, falamos de nosso trabalho porque acreditamos que aquilo que fazemos determina nossa identidade. Ou então mencionamos aqueles com quem nos relacionamos: jogo no time de basquete, toco na orquestra, canto no coral, etc.

Há alguém que esteja silenciosamente se perguntando “quem sou eu”?

Uma das melhores maneiras de descobrir nossa verdadeira identidade é perceber quem somos em Cristo: Sou “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5:13, 14). Sou “filho de Deus” (Jo 1:12). Fui escolhido para sair e dar fruto (Jo 15:16). Sou “co-herdeiro com Cristo” (Rm 8:17). Sou “nova criação” (2Co 5:17). “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

domingo, 3 de abril de 2011

Refúgio na Presença de Deus

Para onde poderia eu escapar do Teu Espírito? Para onde poderia fugir da Tua presença? Salmo 139:7

Pegue um mapa e abra-o diante de você. Aponte para qualquer ponto nele. Pode ser a ilha mais remota, no meio do oceano. Deus está lá! Não existe nenhum cantinho do Universo que esteja fora do alcance de Deus. Ele capta milhões de objetos de uma só vez e vê, tudo completamente, num só momento.

Hoje existem sistemas sofisticados para monitoramento de pessoas. São câmeras ocultas, celulares, escuta clandestina e outros aparatos.
Deus não é uma espécie de paparazzo com câmeras de longo alcance, reunindo imagens em que fomos flagrados fazendo o que não devíamos, como prova de que Ele pode nos condenar.

O sistema de Deus é mais sofisticado, não para nos punir ou nos surpreender quando erramos. Seu sistema tem a finalidade de cuidar de nós e nos acompanhar.

“Só vou se você for comigo.” Que pai já não escutou isso de um filho ou de uma filha? A experiência pela qual iríamos passar era a mesma; porém, a presença do pai ou da mãe dava segurança, tranquilidade. É como a certeza de que, mesmo diante de qualquer emergência, qualquer imprevisto e qualquer problema, Deus está ali. Ele sabe de tudo. Sabe como resolver o problema e não vai nos abandonar.

Se Deus está em todo lugar, isso significa que você não pode se afastar dEle porque Ele sempre está perto. Não adianta se esconder de Deus, meter-se num bunker ou no porão de um navio, como fez Jonas para fugir de Deus.

Davi, em sua imaginação poética, diz: “Se eu subir com as asas da alvorada...” (Sl 139:9), ou, parafraseando, “se eu alcançar a velocidade da luz para fugir de Ti, até ali Teu braço irá me buscar”. “O braço do Senhor não está tão encolhido que não possa salvar” (Is 59:1).

O interesse de Deus por nós é exclusivo, como se não houvesse outra pessoa no Universo para quem dar atenção. Ele vê você permanentemente, esteja sozinho ou acompanhado.

“Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com Minha mão direita vitoriosa” (Is 41:10).

Em nossa caminhada rumo ao Céu, não estamos sós. A presença de Deus não era uma ameaça para o salmista, mas seu conforto e segurança.

sábado, 2 de abril de 2011

Uma Migalha Será Suficiente

A mulher veio, adorou-O de joelhos e disse: “Senhor, ajuda-me!” Mateus 15:25

Pressionado pelo número cada vez mais crescente das multidões, Jesus foi para o território gentio ao norte da Galileia, que conhecemos hoje como Líbano. Ele queria privacidade. Sentia necessidade de diminuir o ritmo de trabalho.

Como se haviam espalhado notícias de que Ele estaria na cidade, o assédio foi inevitável. Nisso, Ele recebeu a visita de uma mulher. Ela não morava na cidade; era estrangeira. Uma mulher pagã. Aproximou-se de Jesus, como hoje muitos membros se aproximam do pastor, dizendo: “O senhor tem dois minutinhos para mim?”

Ela havia escutado notícias de Jesus e foi procurá-Lo. Dizia: “Sim, eu sei! Foi Ele mesmo que tocou e curou um leproso. Foi Ele que fez andar um paralítico que estava doente havia muitos anos. Também curou uma mulher. Ela simplesmente tocou a orla do manto dEle e ficou curada. Ele vai me ajudar!”

Ao pedido para que curasse sua filha, a primeira reação de Jesus foi de silêncio. Ignorou-a. Depois a excluiu: “Já tenho Meu campo missionário. Meu poder de curar é só para Israel. Não vim para vocês.” E, por último, humilhou-a, deixando-a sem graça quando a comparou com um cachorrinho. Mas ela passou pelo teste. Foi infatigável, insistente, persistente.

Em sua reação e resposta, transpareceu a ausência de orgulho. “Eu não mereço, Senhor, mas Tu és rico em bondade. Só uma migalha será suficiente para curar minha filha.” E continuou pedindo, mesmo não se sentindo digna.

Ela não tinha noção nenhuma da teologia da graça, mas tinha o simples entendimento de que tudo aquilo que recebemos de Deus não é por nossos méritos, mas pelos méritos de Sua graça. Devemos basear nossa fé não em nossa dignidade, mas na misericórdia de Deus.

Agora, pense um pouco: Em que área de sua vida você precisa de um pedacinho, um bocadinho, uma migalha do poder de Deus? Já pensou como o seu casamento seria diferente se você recebesse uma migalha do poder de Deus? Imaginou que paz seria sentida por todos? E como seria sua empresa, seus negócios, se recebessem uma migalha da bênção de Deus? Nossa vida, nosso trabalho, nossos estudos, como seriam diferentes se recebessem ao menos uma migalha da graça de Deus!

O que Jesus está dizendo para nós hoje? Alguns estão a um passo, a uma oração do livramento, das bênçãos, da cura física, emocional e espiritual. É só pedir. Uma migalha será suficiente!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Um Cântico Novo

Coloquei toda minha esperança no Senhor; Ele Se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Pôs um novo cântico na minha boca. Salmo 40:1-3

O livro de Salmos possivelmente seja o livro mais lido da Bíblia pela facilidade de identificação das emoções dos seus autores com as nossas emoções.

Todo tipo de emoção humana está espelhada nesse livro: alegria, medo, dúvida, esperança, louvor e anseios profundos. Muito mais do que um livro para ser lido, Salmos é um livro para ser usado em nossas orações de súplica, intercessão e agradecimento.

No texto de hoje, Davi manifesta profunda gratidão pela atuação da graça de Deus, e pelo que Ele fez para salvá-lo. “Coloquei toda minha esperança no Senhor” – essa é uma expressão que denota ansiosa expectativa. A espera de Davi não foi passiva. Jesus mesmo ensinou: Peçam, busquem e batam (Lc 11:9).

“Ele Se inclinou para mim” – Deus não tem vergonha de você porque você caiu. Inclinar-Se revela carinhosamente a figura paterna de Deus.

“Ouviu o meu grito de socorro” – Não há lugar distante nem profundo demais no qual você esteja que o Senhor não possa ouvir sua voz.

“Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama” – A ideia é de alguém preso, atolado na lama. Lá embaixo. Sozinho. A ajuda tem que vir de fora, e de cima.

Em que poço você se encontra neste momento? Do pecado? Das dificuldades financeiras? Do desemprego? Comportamento difícil dos filhos? Problemas no casamento? Doença? Depressão? Deus pode tirá-lo desse buraco!

“Pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro” – Que mudança! Do fundo do poço para a rocha; do perigo para a segurança; das trevas para a luz. Por mais fundo que tenhamos ido, que transformação ocorre quando Deus nos encontra! Ele nos resgata, nos levanta, nos lava, põe nossos pés em local seguro e firma nossos passos.

“Pôs um novo cântico na minha boca” – Agora vem o último passo nesse processo. Depois do resgate, o júbilo, a alegria e o senso de liberdade. Nova experiência requer novo cântico de livramento e louvor.

Um dia, passadas suas lutas e tribulações, os remidos de todos os tempos se unirão em um novo cântico: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!”

Jesus quer colocar um cântico em seus lábios!