domingo, 24 de abril de 2011

Seus Olhos Foram Abertos

Então os olhos deles foram abertos e O reconheceram. Lucas 24:31

Há muitas histórias, muitos hinos e inspiração relacionados com a manhã da ressurreição. Os quatro Evangelhos são unânimes em mencionar que era de manhã, bem cedo, quando a ressurreição ocorreu (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1).

Mas uma história menos conhecida é a que aconteceu com dois discípulos, presumivelmente entre três e seis da tarde daquele dia. Não conhecemos a identidade deles, se eram dois homens ou um casal. Estavam fazendo o caminho de volta para Emaús. A despeito de já terem ouvido que as mulheres haviam visto o sepulcro vazio, assim mesmo continuavam desanimados: “Que pena! Ele está morto! Já é o terceiro dia e ninguém O viu. As mulheres devem ter tido uma alucinação!”

Quem quer que eles fossem, seus sonhos e esperanças estavam estraçalhados. Era o tipo de viagem de retorno que você faz dizendo: “Podia ter sido diferente! Que pena que não aconteceu como esperávamos. E agora, o que é que nos aguarda?”

Jesus Se aproximou deles nesse momento de tristeza. Procurou entender suas esperanças e seus desapontamentos. Ainda hoje Ele faz a mesma coisa: Aproxima-Se de nós em nossos momentos de tristeza e entende nossos temores.

Jesus lhes perguntou sobre o que discutiam com tanto interesse. Depois abriu as Escrituras para eles. Imagine o maior dos mestres explicando o maior de todos os temas, usando o maior Livro de todos os tempos!

Ele mencionou as profecias que lhes eram tão familiares e deu a elas profundidade de significado. Foi uma caminhada de mais ou menos três horas. Aproximaram-se da entrada da cidade. Então, convidaram Jesus para que ficasse com eles: “Jante conosco. Já é tarde.”

Naquele momento, o coração deles estava aberto para receber a visita de Jesus. A comida estava à mesa. Em lugar de visitante, Jesus tomou a posição de anfitrião. Com Seu jeito peculiar, levantou as mãos para abençoar. Num lampejo de memória, eles se lembraram da multiplicação dos pães e da ceia da Páscoa. E então reconheceram Jesus; porém, o ilustre visitante desapareceu.

Eles nem tocaram na comida. Não perderam um minuto. Mesmo cansados e famintos como estavam, encararam novamente outros 11 quilômetros no meio da noite para contar aos amigos que estavam reunidos: “Realmente, aconteceu! Ele caminhou ao nosso lado. Ele está vivo!”

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