Um ramo verde surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um renovo. Isaías 11:1, The Message
Logo após eu discursar num concílio de pastores, um deles me procurou para fazer uma pergunta pessoal:
– Como você consegue permanecer tão animado e otimista mesmo depois de tantos anos no ministério?
É verdade, desfrutei de um longo ministério – 47 anos, no momento em que escrevo estas linhas. “Desfrutar” é o termo exato para ser usado. Minha vida e trabalho foram, e continuam sendo, ricamente abençoados.
Não entendo a razão de ter sido, como muitas pessoas dizem hoje, “tão sortudo”. Não creio na sorte; creio na graça. Tudo o que entrou em meu caminho ou saiu de minhas mãos é fruto da graça.
Já se passaram muitos anos (não sei dizer exatamente quantos) desde que comecei a me conscientizar do milagre da graça. Foi logo depois de ter aceitado Jesus como Salvador e Senhor, depois de ter aceitado Seu chamado para o ministério. Sim, aceitei o amor perdoador de Deus e senti Sua presença transformadora em minha vida. A graça entrou em ação e foi simplesmente maravilhoso.
Mas de alguma forma – não de repente, nem através de algum livro, ou sermão, ou situação que possa apontar – comecei a viver na graça. Comecei a sentir Jesus em minha vida, enaltecido continuamente em meu coração, e sempre com louvor em meus lábios. Comecei a aceitar a verdade aparentemente inacreditável de que Ele me ama incondicionalmente, assim como sou, à medida que continua a convidar-me para subir cada vez mais na escala espiritual.
Talvez tudo isso tenha começado quando passei a tentar a tratar os outros com graça – ou seja, como Deus me trata. Foi aí que a sua força total me alcançou pessoalmente. Foi então que comecei a perceber quão egoísta, preconceituoso e, sim, até mesmo racista eu era.
De alguma forma isso aconteceu e fui favorecido. Sou favorecido. Jesus me concedeu vida nova, acolhendo-me em Sua família como Seu filho. Isso é tudo o que importa hoje e eternamente.
Graça significa crescimento. Graça significa esperança, esperança de que uma flor irá desabrochar no deserto, de que de uma raiz seca, aparentemente sem vida, brotará um ramo verde. Não apenas um ramo, mas o Ramo, Jesus, Aquele que traz luz das trevas e vida da morte.
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