quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Transformados Pela Comunhão

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. 2 Coríntios 3:18


Durante aquele prolongado tempo despendido em comunhão com Deus, a face de Moisés refletira a glória da presença divina; sem que ele soubesse, seu rosto resplandecia com uma luz deslumbrante quando desceu do monte. [...]

Arão, assim como o povo, recuava de Moisés, e “temeram de chegar-se a ele” (Êx 34:30). Vendo sua confusão e terror, mas sem saber a causa, insistiu com eles para que se aproximassem. Apresentou-lhes a garantia da reconciliação com Deus, e lhes assegurou o restabelecimento de Seu favor. Nada perceberam em sua voz a não ser amor e solicitude, e finalmente alguém se aventurou um a aproximar-se dele. Muito atônito para que pudesse falar, silenciosamente apontou para o rosto de Moisés e então para o céu. O grande líder compreendeu o que queria dizer. Em sua consciente culpabilidade, sentindo-se ainda sob o desagrado divino, não podiam suportar a luz celestial, que os teria enchido de alegria se tivessem sido obedientes a Deus. [...]

Por essa luz, o intuito de Deus era impressionar Israel com o caráter sagrado e exaltado de Sua lei, e a glória do evangelho revelado por meio de Cristo. Enquanto Moisés estava no monte, Deus lhe apresentou não somente as tábuas da lei, mas também o plano da salvação. Ele viu que o sacrifício de Cristo era prefigurado por todos os tipos e símbolos da era judaica; e era a luz celestial que fluía do Calvário, não menos que a glória da lei de Deus, que derramava tal brilho no rosto de Moisés. Aquela iluminação divina simbolizava a glória da dispensação de que Moisés era o mediador visível, representante do único verdadeiro Intercessor.

A glória refletida no semblante de Moisés ilustra as bênçãos a serem recebidas, pela mediação de Cristo, pelo povo que guarda os mandamentos de Deus. Testemunha que, quanto mais íntima for nossa união com Deus, e mais claro o nosso conhecimento de Suas ordens, tanto mais plenamente nos adaptaremos à divina imagem, e mais facilmente nos tornaremos participantes da natureza divina (PP, p. 329, 330).

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