Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Romanos 1:16
Quando Paulo escreveu estas palavras, o evangelho de Jesus Cristo não era num um pouco popular. Na verdade, os cristãos eram então considerados o “lixo do mundo, escória de todos” (1Co 4:13). O próprio apóstolo Paulo era considerado um apóstata pelos judeus.
Ele, portanto, estava ciente de que pregar o Cristo crucificado era um “escândalo para os judeus, e loucura para os gentios” (1Co 1:23). Mas como o apóstolo estava totalmente convencido da verdade do evangelho, e havia experimentado sua bênção e poder, ele não apenas não sentia vergonha do evangelho, mas até mesmo se gloriava na cruz de Cristo.
Podemos imaginar o que significava, naquele tempo, afirmar que um Homem crucificado como criminoso era o fundador da sua religião? A crucifixão era a forma de execução mais vergonhosa, e os romanos a reservavam apenas para os piores criminosos. Hoje falamos abertamente da cruz, e até a usamos como símbolo honroso em nossas igrejas. Mas, no tempo de Paulo, ela era considerada uma desonra. E, mesmo assim, Paulo não se envergonhava dela.
Paulo era um erudito, instruído aos pés de Gamaliel. Era capaz de discutir filosofia, história e literatura com as maiores mentalidades de seu tempo. Contudo, não se envergonhava de identificar-se com a cruz e com os ensinos do humilde Carpinteiro de Nazaré. Por quê? Porque Paulo via no evangelho de Cristo o poder de Deus para a salvação. Ele próprio havia experimentado seu poder salvador. De inimigo de Cristo, o evangelho o transformara em alguém tão dedicado a Ele, que se achava disposto a depor a vida por seu Mestre. Na estrada de Damasco o poder de Deus veio sobre ele, fazendo-o mudar de direção.
Realmente, há poder no evangelho de Jesus. E é interessante notar que a palavra poder tem em grego a mesma raiz da palavra dinamite. Assim, o que Paulo está realmente dizendo é que o evangelho funciona como dinamite em nossa vida, quando permitimos a entrada de Deus, quando Lhe damos autorização para reformar nossa vida, tornando-a semelhante à de Jesus.
Deus não interfere em nós simplesmente podando este ou aquele problema. Ele está interessado em chegar à raiz do problema, destruí-lo com uma explosão e então recriar nossa vida, tornando-a muito mais bela. E se nós permitirmos, a dinamite de Deus operará em nós uma completa transformação.
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