Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. João 10:2, 3
Uma família estava desfrutando um dia ensolarado na praia. Algumas crianças nadavam, enquanto outras faziam castelos na areia. Ao longe, apareceu uma mulher idosa, baixa, com os cabelos grisalhos esvoaçando. Suas roupas estavam sujas e rasgadas. Ela resmungava, enquanto se abaixava para apanhar objetos da praia, colocando-os dentro de um saco. Os pais chamaram as crianças para junto de si e lhes disseram que se mantivessem longe daquela mulher.
Ao passar, abaixando-se aqui e ali para apanhar algo, ela sorriu para a família, mas não foi correspondida. Algumas semanas mais tarde eles ficaram sabendo que aquela senhora se empenhava em apanhar cacos de vidro da praia, para que as crianças não se cortassem.
Um trabalho ingrato, não remunerado e, muitas vezes, não reconhecido. Há muita gente ocupada em trabalhos ingratos, e mudariam de profissão se tão somente tivessem oportunidade.
Pastorear ovelhas é uma profissão assim, talvez pouco conhecida dos habitantes da cidade. Jacó, ao fugir de seu tio Labão e ser por ele alcançado, lhe deu um retrato das asperezas desse ofício: “Vinte anos estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gn 31:38-40).
Não é fácil lidar dia e noite com ovelhas mudas, malcheirosas, conduzindo-as às pastagens, protegendo-as de animais selvagens e de ladrões, sofrendo calor de dia, frio à noite, e não podendo dormir. O pastor nunca tem folga. Está sempre vigilante. É um trabalho ingrato, mal remunerado e mal reconhecido.
Pois é exatamente assim que Cristo Se descreve – como um bom pastor, que é capaz de dar a vida pelas ovelhas. Ele conhece cada uma delas pelo nome. Napoleão sabia o nome de milhares de seus soldados. Cristo sabe os nomes de todos os Seus milhões de fiéis. Conhece também cada uma de nossas fraquezas e Se compadece de nós, porque foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança.
Como ovelhas do Seu aprisco, ouçamos-Lhe a voz e nos acheguemos confiantemente a Ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário