E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. 1 Coríntios 7:8
Após formar o homem do pó da terra e declarar que não seria bom ele ficar sozinho, Deus criou a mulher e instituiu o matrimônio. E abençoou-os dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1:28). A terra estava vazia e era preciso povoá-la. E isso devia ser realizado através do casamento. Após o pecado de Adão e Eva, Deus lhes retratou um quadro sombrio de suas consequências: dor, separação, sofrimento e morte. Mas lhes deu um raio de esperança: prometeu-lhes um Libertador.
Assim, em todo o Antigo Testamento, o matrimônio e o nascimento de filhos foram encarados como sendo muito mais do que a união amorosa entre um homem e uma mulher. Era como que dar as mãos aos antepassados e continuar essa corrente rumo ao futuro, rumo ao Grande Libertador, o Messias. Permanecer solteiro era quebrar a corrente, era excluir-se da possibilidade de gerar o Libertador, era negar a fé. O celibato, nesse contexto, era considerado uma tragédia.
O apóstolo Paulo, porém, escreve depois da vinda do Messias. E abre a possibilidade de a pessoa permanecer solteira. Embora o casamento seja um dom de Deus, o cristão tem a liberdade de escolher o celibato se o desejar. E ambas as condições são aceitáveis aos olhos de Deus. A prioridade agora não é povoar a terra, mas pregar uma mensagem. E sem as responsabilidades familiares, o indivíduo solteiro pode ter mais liberdade para servir a Deus.
As pessoas sozinhas – solteiros, divorciados e viúvos – representam uma parcela significativa da igreja, que em alguns lugares gira em torno de 30 por cento. Se o solteiro deseja se casar, os irmãos podem lhe dar uma “mãozinha”, apresentando-lhe um possível candidato. Aqueles que não o desejam, não devem ser tratados como se possuíssem alguma anomalia. A igreja deve ser uma espécie de oásis, onde todos – solteiros, casados, descasados, viúvos – se sintam bem-vindos e amados. Ninguém, em nosso meio, deve se sentir sozinho e olhado com desconfiança. Ninguém deve ser discriminado, pois todos nós somos “filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3:26, 28).
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