Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 2 Reis 6:16
No fim da década de 50 o padre de Fátima do Sul, MS, através de um alto-falante na igreja matriz, falava contra as demais igrejas locais, inclusive contra os adventistas, que se reuniam em um pequeno templo de madeira.
Então os irmãos adventistas decidiram colocar também um alto-falante junto ao seu pequeno templo, não para revidar os ataques, mas para ler trechos da Bíblia e do Espírito de Profecia para a vizinhança.
Na mesma noite em que o alto-falante foi inaugurado, uma procissão passou ali perto, e alguns participantes, incomodados com a programação, decidiram ir até lá e “acabar com tudo”. Duas mocinhas, interessadas em nossa mensagem, ouviram a ameaça e foram correndo avisar o irmão Porfírio Ferreira de Abrantes, um dos líderes adventistas, o qual pediu ao irmão Diomar que parasse de falar e desligasse o alto-falante. E ficou em frente à igreja para ver o que aconteceria.
Uma turba de uns 30 homens chegou e rodeou o irmão Porfírio, xingando-o e desferindo socos na direção do seu rosto, mas sem o atingir. Ele estava calado e conta que, nesse instante, Deus lhe colocou na mente as seguintes palavras: “Vejam bem o que vocês vão fazer!” E dizendo isto, estendeu a mão na direção da igreja. Eles olharam naquela direção, calaram-se e foram saindo, aparentemente com medo.
No dia seguinte, o delegado intimou o locutor do alto-falante, o irmão Diomar, a prestar depoimento na delegacia. Lá chegando, Diomar soube que os revoltosos haviam dado queixa, afirmando que os adventistas tinham contratado um grupo de soldados para montar guarda em frente à igreja. O delegado queria saber de onde era esse destacamento e por que não haviam recorrido a ele, em busca de proteção.
Diomar explicou que não haviam chamado nenhum soldado, e que a única explicação que tinha é que Deus certamente enviara anjos para protegê-los.
A partir desse incidente a igreja não mais enfrentou oposição no lugar. Os irmãos instalaram um alto-falante em uma casa comercial no centro da cidade, onde passaram a utilizar discos da Voz da Profecia com as palestras do pastor Roberto Rabello, ouvidas até pelo padre. Um dia, esse religioso disse ao irmão Porfírio:
– Ô, Porfírio, pode pôr esse programa aí, porque eu ouço e aprecio muito.
O episódio serviu para demonstrar, mais uma vez, a proteção divina, tanto por Seus filhos quanto pela Sua igreja, mesmo em se tratando de um pequeno templo de madeira.
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