O que ganha almas é sábio. Provérbios 11:30
Em 1966, Reinaldo dos Reis, gerente de uma indústria de erva-mate, foi transferido para a pequena localidade de Coronel Bicaco, no Rio Grande do Sul.
Instalou-se com a família numa casa que fazia fundos com a igreja católica local. Adventistas fiéis, realizavam o culto vespertino com cânticos de louvor, no dia seguinte, quando um grupo de crianças, instigadas pelo padre local, jogou pedras no seu telhado, quebrando algumas telhas.
O filho mais velho, nervoso, tirou o cinto para ir atrás dos garotos. Mas a mãe, D. Emília, o impediu dizendo:
– Não, não vamos fazer isso com as crianças. Pode deixar que eu resolvo!
E saiu à rua. Eram umas doze ou treze crianças. Os meninos maiores fugiram. Mas D. Emília conseguiu dizer calmamente às crianças menores:
– Olhem, eu gosto de crianças e quero ser amiga de vocês. Acabo de chegar aqui e quero convidá-los para vir a minha casa, amanhã à noite, para tomar um chá bem gostoso, com bolachinhas e doces. Então vou lhes contar uma história muito bonita, de um menino como vocês.
No dia seguinte apareceram três meninos. Tomaram chá com bolachas e doces, ouviram histórias de Jesus, e foram convidados a voltar no dia seguinte, sábado, trazendo os amiguinhos.
Vieram cinco meninos. E o número foi aumentando nos dias e semanas seguintes. Daí as crianças trouxeram os pais. Em três meses havia 23 pessoas, entre adultos e crianças, participando dos cultos.
O trabalho foi crescendo, e então D. Emília começou um trabalho assistencial. Conseguiu que outras senhoras ensinassem corte e costura, bordado e tricô. Além disso, alfabetizaram 36 pessoas adultas. O seu trabalho chamou a atenção das autoridades e comerciantes locais, que passaram a doar roupas, calçados e alimentos. O próprio padre ficou seu amigo.
Mais tarde vieram os primeiros pastores para dar estudos bíblicos e realizar batismos. Quando D. Emília saiu de lá, em 1980, Coronel Bicaco tinha um grupo de 96 pessoas batizadas. Foi construída uma igreja, que existe ainda hoje, e é fruto da consciência missionária de uma família que não perdia tempo nem oportunidades para testemunhar de sua fé.
A sabedoria cristã de D. Emília mostrou-lhe como transformar as pedras lançadas em seu telhado em almas para o reino de Deus. “O que ganha almas, é sábio” – mesmo que não tenha escolaridade.
Um comentário:
Kell a história é legal apesar de eu não ser religiosa, é sempre bom quando alguém faz o bem...
Beijundas :)
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