Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Salmo 136:1.
Em julho de 1996, num momento de profunda e agonia e depressão, Sidnei, um garoto de 16 anos, encostou um rifle sob o queixo e calmamente puxou o gatilho. Miraculosamente a arma não disparou.
Sidnei sentou-se na beira da cama por um longo momento, tentando digerir sua surpresa. Por alguma razão ele não havia morrido. O coração continuava batendo, sentia intensa dor latejando em suas têmporas, e ouvia os pássaros gorjeando nas árvores lá fora.
“Por quê?”, perguntou-se ele no quarto vazio. “Por que ainda estou vivo?”
Em meio ao silêncio ele ouviu uma voz bradando em sua mente: Porque Eu quero que você viva!”
Sidnei descreve o sentimento que tomou conta dele em seguida, como de “uma paz absoluta”. Ele disse: “Tenho certeza de que Deus estava me vigiando. E se Ele quer que eu viva, acho que devo tentar.”
Temendo ser levado novamente à beira do precipício, ele procurou o pai e contou tudo, tropeçando nas palavras. E pela primeira vez, pediu ajuda.
Três personagens bíblicos se suicidaram em circunstâncias que não oferecem esperança de salvação. Um deles foi Aitofel, conselheiro de Davi, que, pela sua traição e suicídio, é considerado o Judas do Antigo Testamento (2Sm 17:23). Saul desobedeceu às ordens divinas em várias ocasiões, e o Espírito do Senhor apartou-se dele. Após consultar uma médium, Saul pelejou contra os filisteus e durante a batalha cometeu suicídio (1Sm 31). Judas, após trair o Mestre, devolveu as trinta moedas de prata aos sacerdotes e enforcou-se.
Entretanto, como diz o Dr. Calvin Rock, “há pessoas que sofrem de depressão e se suicidam devido a um desequilíbrio químico não resultante de um estilo de vida errôneo. Será que Deus responsabilizará uma pessoa que tomou tal decisão tendo suas faculdades mentais seriamente enfraquecidas? Muitos cristãos saudáveis e lúcidos são tão afetados por um acidente, doença ou velhice que perdem sua lucidez e podem cometer suicídio. Meu conceito do amor de Deus não exclui a possibilidade de sua salvação” (Adventist Review, 8 de junho, 1989, p. 13).
Se você tem algum parente ou amigo que cometeu esse ato extremo, não se desespere. Deus saberá julgá-lo com a mesma misericórdia que teve com outros seres humanos.
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