Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos. 1 Samuel 15:3
Inúmeras vezes, ao longo da história, as crianças têm sido vítimas da maldade humana. O faraó do Êxodo, ao tentar impedir o crescimento dos israelitas, mandou jogar no rio Nilo os recém-nascidos do sexo masculino. Os amonitas ofereciam crianças em sacrifício a Moloque. Herodes mandou matar os meninos de Belém e arredores, de dois anos para baixo. Em 1979, em um protesto de estudantes contra o governo numa escola primária, a guarda imperial do rei Bokassa metralhou 100 crianças. O mundo tem se horrorizado com essas barbáries.
Mas o que tem chocado muitos cristãos é que no passado o próprio Deus ordenou a matança completa dos inimigos de Israel, inclusive crianças de peito. Isso aconteceu tanto na destruição de Amaleque quanto da cidade de Jericó. Ninguém devia ser poupado. Não poderia Deus ter poupado as inocentes criancinhas? Não foi este um ato de crueldade? Como entender isso?
As crianças e os filhotes de animais atraem nossa afeição e piedade porque, além de serem bonitinhos são também indefesos. É lindo ver crianças brincando com animaizinhos domésticos. É divertido ver filhotes de gatos ou cães brincando entre si. Mas você já foi levado pela afeição a acariciar a cabecinha de um filhote de cascavel ou jararaca? Já fez cafuné no filhote de um escorpião?
Desculpem a comparação, mas os filhos dos cananeus a quem Deus mandou incluir no morticínio eram como filhotes de serpentes venenosas ou escorpiões. Deus sabia que, quando eles se tornassem adultos, seriam tão ímpios quanto seus pais. Preservar essas crianças seria preservar as sementes da maldade.
Deus esperou 400 anos para que os corruptos cananeus se convertessem de seus maus caminhos. Mas depois de todo esse tempo, para tristeza divina, os cananeus haviam ido tão longe em sua depravação, que uma reforma se tornou impossível. Eles haviam enchido a medida da injustiça. Haviam pecado contra o Espírito Santo, e seria inútil continuar a estender-lhes a misericórdia divina. Deus, então, ordenou a sua destruição.
Por incrível que pareça, este foi um ato de misericórdia da parte de Deus.
Veja por que, na leitura de amanhã.
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