sábado, 6 de novembro de 2010

Libertando os prisioneiros

O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos. Lucas 4:18

As imagens dos campos de concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial retratam a que ponto a opressão e a maldade humana podem chegar. Elie Wiesel era um adolescente nessa época e testemunhou a morte de muitos familiares seus. Ele se lembra quando ele e os demais prisioneiros foram libertados de Auschwitz pelos aliados. Naquele dia soldados fortes e bem armados derrubaram as cercas de arame farpado do campo de concentração, e encontraram os sobreviventes esqueléticos do Holocausto.

Wiesel recorda que um soldado negro, alto e forte, ao ver o horror do sofrimento humano, se sentiu dominado pela tristeza. Ele caiu de joelhos soluçando de pesar. Os prisioneiros, agora livres, foram até o soldado, colocaram os braços em torno dele e o confortaram.

Quando Jesus iniciou Seu ministério, em Nazaré, Ele entrou num sábado, na sinagoga, olhou para os ouvintes, e contemplou as vítimas do mal. Então Se levantou e leu as palavras de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.”

Então sentou-Se, o que nos dá a impressão de que havia terminado. Mas, na verdade, Ele estava para começar, pois o pregador falava sentado. Todos os olhares se voltaram para Ele. O que diria Jesus sobre essa grande profecia?

Para aqueles ouvintes, imersos na pobreza, ignorância e descontentamento, a única esperança de liberdade e prosperidade estava na vinda do Messias. Esta era a interpretação que os doutores da lei em Israel davam a essa profecia. E esta foi também a interpretação que Jesus lhe deu. Mas com uma diferença: Ele a aplicou a Si mesmo. Ele era o prometido Libertador. Isso significava também que eles eram os pobres, cativos, cegos e oprimidos. E não eram melhores do que os gentios.

Acostumados a ouvir coisas aprazíveis e profecias ilusórias (Is 30:10), eles ficaram furiosos e expulsaram Jesus da cidade com a intenção de matá-Lo. O povo de Nazaré não quis receber o grande Aliado que viera para libertá-los. Eles preferiram continuar pobres, cativos, cegos e oprimidos.

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