Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã. Mateus 15:28
Uma mulher cananeia da região de Tiro e Sidom aproximou-se de Jesus pedindo-Lhe socorro, pois sua filha estava endemoninhada. De início, o Mestre, não lhe deu atenção, talvez para provar-lhe a fé. Os discípulos, movidos pelo preconceito religioso, pediram-Lhe que a mandasse embora. Mas essa mulher, embora fosse pagã, prostrou-se aos pés de Jesus e O adorou. E graças à sua insistência, humildade e fé, Ele atendeu-lhe o pedido, dizendo: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.”
Em nenhum momento essa mulher reivindicou seus direitos. Ela admitiu que os judeus tinham prioridade para receber as bênçãos divinas.
Os gentios ficariam com as migalhas, se sobrasse alguma coisa. Como igreja temos algo a aprender de sua humildade. Com frequência nos assentamos à cabeceira da mesa esperando ser servidos primeiro.
Em apenas uma outra ocasião Jesus elogiou alguém por sua fé. Desta vez foi um centurião romano residente em Cafarnaum. Jesus disse: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta” (Mt 8:10). Não há registro de que Jesus jamais tenha elogiado algum dos Seus discípulos, como Pedro, Tiago e João, dizendo-lhes: “Grande é a tua fé” (Mt 15:28). Muito pelo contrário: várias vezes Jesus Se referiu a eles como “homens de pequena fé” (Mt 8:26). Não é vergonhoso para os discípulos de Jesus terem menos fé do que os pagãos? Será que isto poderia acontecer hoje com os professos cristãos?
Jesus sempre valorizou as demonstrações de fé, independentemente de quem a manifestasse, fosse uma mulher pagã, um centurião romano ou algum dos escribas ou fariseus, pois para Ele a fé era mais importante do que a etnia da pessoa, sua posição social ou convicções religiosas.
Certamente que todos nós gostaríamos de ter estado no lugar daquela mulher cananeia. Afinal, quem não gostaria de ouvir dos lábios de Jesus: “Grande é a tua fé!?”
“Com fé, atirou-se a mulher fenícia contra as barreiras que se tinham elevado entre judeus e gentios. Apesar de não ser animada, a despeito das aparências que a poderiam ter levado a duvidar, confiou no amor do Salvador. É assim que Cristo deseja que nEle confiemos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 403).
Nenhum comentário:
Postar um comentário