Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha. Cantares 1:9
A Bíblia é um livro oriental e sua linguagem está repleta de expressões que chocam a mente ocidental. Um exemplo desse fato está no texto de hoje, em que Salomão – um homem muito habilidoso no trato com as mulheres – compara a amada Sulamita às éguas dos carros de Faraó.
A Sulamita deve ter-se sentido lisonjeada com tais palavras. Entretanto, se um rapaz de nossa sociedade quisesse imitar Salomão e comparasse a namorada a uma égua, estaria cometendo uma grosseria que talvez lhe custasse um olho roxo.
Por que essa diferença de reação? Simplesmente porque os tempos, as circunstâncias e a cultura são outros. Mil anos antes de Cristo, na Palestina, comparar uma jovem às éguas dos carros do Faraó era considerado um elogio, pois as parelhas de tais carros eram animais de estirpe, luzidios, ricamente adornados com metais preciosos, laços e plumas, o que os tornavam realmente figuras elegantes e admiradas.
Por isso, o que naquela época, no Oriente, era elogio, hoje, no Ocidente, é grosseria. Aqui e agora rapazes e mocinhas se comparam com gatinhos e gatinhas. Entre nós a comparação com eqüinos é sempre ofensiva.
O tempo que nos separa de Moisés, o autor do Pentateuco, é de mais ou menos 3.500 anos. Nesse longo período não somente a linguagem, mas também a cultura e as circunstâncias mudaram muito. A falha em observar esses fatores tem levado as pessoas a praticar inúmeras distorções das verdades bíblicas.
Temos um desses exemplos no livro de Gênesis, capítulo 3, onde se acha o relato da queda do ser humano. E como uma das conseqüências do pecado, a mulher sofreria durante a gravidez, e “em meio de dores” daria à luz filhos (v. 16). Por causa dessa afirmação, há extremistas que se opõem a anestesia e qualquer outro método que alivie as dores do parto.
Outros lêem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1:28), e se recusam a fazer qualquer planejamento familiar, entendendo que essa ordem divina pressupõe ter o maior número possível de filhos.
Qualquer método anticoncepcional seria, nesse caso, contrário à vontade de Deus.
A necessidade de se explicar a Escritura é indicada pelo episódio entre Filipe e o eunuco. Este último estava lendo o livro do profeta Isaías, quando Filipe se aproximou e perguntou-lhe: “Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar?” (At 8:30, 31).
A Bíblia é um livro oriental e sua linguagem está repleta de expressões que chocam a mente ocidental. Um exemplo desse fato está no texto de hoje, em que Salomão – um homem muito habilidoso no trato com as mulheres – compara a amada Sulamita às éguas dos carros de Faraó.
A Sulamita deve ter-se sentido lisonjeada com tais palavras. Entretanto, se um rapaz de nossa sociedade quisesse imitar Salomão e comparasse a namorada a uma égua, estaria cometendo uma grosseria que talvez lhe custasse um olho roxo.
Por que essa diferença de reação? Simplesmente porque os tempos, as circunstâncias e a cultura são outros. Mil anos antes de Cristo, na Palestina, comparar uma jovem às éguas dos carros do Faraó era considerado um elogio, pois as parelhas de tais carros eram animais de estirpe, luzidios, ricamente adornados com metais preciosos, laços e plumas, o que os tornavam realmente figuras elegantes e admiradas.
Por isso, o que naquela época, no Oriente, era elogio, hoje, no Ocidente, é grosseria. Aqui e agora rapazes e mocinhas se comparam com gatinhos e gatinhas. Entre nós a comparação com eqüinos é sempre ofensiva.
O tempo que nos separa de Moisés, o autor do Pentateuco, é de mais ou menos 3.500 anos. Nesse longo período não somente a linguagem, mas também a cultura e as circunstâncias mudaram muito. A falha em observar esses fatores tem levado as pessoas a praticar inúmeras distorções das verdades bíblicas.
Temos um desses exemplos no livro de Gênesis, capítulo 3, onde se acha o relato da queda do ser humano. E como uma das conseqüências do pecado, a mulher sofreria durante a gravidez, e “em meio de dores” daria à luz filhos (v. 16). Por causa dessa afirmação, há extremistas que se opõem a anestesia e qualquer outro método que alivie as dores do parto.
Outros lêem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1:28), e se recusam a fazer qualquer planejamento familiar, entendendo que essa ordem divina pressupõe ter o maior número possível de filhos.
Qualquer método anticoncepcional seria, nesse caso, contrário à vontade de Deus.
A necessidade de se explicar a Escritura é indicada pelo episódio entre Filipe e o eunuco. Este último estava lendo o livro do profeta Isaías, quando Filipe se aproximou e perguntou-lhe: “Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar?” (At 8:30, 31).
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