Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 1 Coríntios 8:9
Conheci, em minha infância, o Sr. Teobaldo, que parecia sentir o desejo de mostrar publicamente que estava certo, mesmo que isso custasse a vida de alguém.
No centro de minha cidade natal havia um cinema. E quando começava a sessão da noite, a rua em frente era fechada ao tráfego. Muitos pedestres se aglomeravam então no meio da rua, formando rodinhas para conversar, e ali aguardavam a saída do cinema. Tão logo a sessão acabava, a rua era novamente aberta ao trânsito.
Muitos pedestres, porém, continuavam conversando no meio da rua, distraídos. Nessas circunstâncias, vi várias vezes o Sr. Teobaldo, fazendo do seu carro uma arma, arremeter contra a multidão distraída. Os pedestres pulavam para os lados, atropelando-se para não serem atropelados, e gesticulando furiosos para o Seu Teobaldo, que abria alas na multidão, com o pé no acelerador e a mão na buzina.
Ele parecia pensar: “Eu estou no meu direito. A rua está aberta, e se eles não saírem da frente, eu passo por cima!”
Este é o perigo de ter razão: o de estar disposto a passar por cima dos outros. É provável que quanto maior for o desejo de mostrar que estamos com a razão, menor seja a nossa compaixão, a consideração que devemos ter pelos outros, mesmo com aqueles que estão errados.
O cristão deve estar disposto até a ser crucificado de cabeça para baixo para não transigir com os princípios. Nisto ele não pode ceder. Por outro lado, deve fugir de discussões tolas, em torno de ninharias. Nesses casos, é melhor ceder logo, mesmo tendo razão.
Os levitas, sacerdotes e profetas estavam isentos de pagar o imposto para a manutenção do Templo. Como profeta, Jesus não era obrigado a pagá-lo. “Mas, para que não os escandalizemos”, disse Jesus a Pedro, “vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti” (Mt 17:27). Jesus não perdeu tempo discutindo com os coletores do Templo, e provando-lhes que estava isento. Pagou o imposto e pronto.
O apóstolo Paulo sabia que não tinha a menor importância comer alimentos sacrificados aos ídolos. Ele podia comê-los com a consciência tranquila. Mas não usou sua liberdade para ferir as pessoas ou servir de tropeço para os fracos.
É bom estar certo. Mas que isto não seja uma parede de separação entre nós e os outros.
Conheci, em minha infância, o Sr. Teobaldo, que parecia sentir o desejo de mostrar publicamente que estava certo, mesmo que isso custasse a vida de alguém.
No centro de minha cidade natal havia um cinema. E quando começava a sessão da noite, a rua em frente era fechada ao tráfego. Muitos pedestres se aglomeravam então no meio da rua, formando rodinhas para conversar, e ali aguardavam a saída do cinema. Tão logo a sessão acabava, a rua era novamente aberta ao trânsito.
Muitos pedestres, porém, continuavam conversando no meio da rua, distraídos. Nessas circunstâncias, vi várias vezes o Sr. Teobaldo, fazendo do seu carro uma arma, arremeter contra a multidão distraída. Os pedestres pulavam para os lados, atropelando-se para não serem atropelados, e gesticulando furiosos para o Seu Teobaldo, que abria alas na multidão, com o pé no acelerador e a mão na buzina.
Ele parecia pensar: “Eu estou no meu direito. A rua está aberta, e se eles não saírem da frente, eu passo por cima!”
Este é o perigo de ter razão: o de estar disposto a passar por cima dos outros. É provável que quanto maior for o desejo de mostrar que estamos com a razão, menor seja a nossa compaixão, a consideração que devemos ter pelos outros, mesmo com aqueles que estão errados.
O cristão deve estar disposto até a ser crucificado de cabeça para baixo para não transigir com os princípios. Nisto ele não pode ceder. Por outro lado, deve fugir de discussões tolas, em torno de ninharias. Nesses casos, é melhor ceder logo, mesmo tendo razão.
Os levitas, sacerdotes e profetas estavam isentos de pagar o imposto para a manutenção do Templo. Como profeta, Jesus não era obrigado a pagá-lo. “Mas, para que não os escandalizemos”, disse Jesus a Pedro, “vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti” (Mt 17:27). Jesus não perdeu tempo discutindo com os coletores do Templo, e provando-lhes que estava isento. Pagou o imposto e pronto.
O apóstolo Paulo sabia que não tinha a menor importância comer alimentos sacrificados aos ídolos. Ele podia comê-los com a consciência tranquila. Mas não usou sua liberdade para ferir as pessoas ou servir de tropeço para os fracos.
É bom estar certo. Mas que isto não seja uma parede de separação entre nós e os outros.
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