Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo. Levítico 19:11
Você tem certeza de que nunca mentiu? Nem mesmo para agradar à dona-de-casa, jurando que a sopa de jiló e a salada de berinjela estavam uma delícia? Ou afirmando a um doente terminal que a aparência dele está ótima e que ele logo vai ficar bom? Ou escondendo suas verdadeiras intenções?
Meias-verdades também são mentiras? E exagerar ou diminuir uma verdade? É lícito mentir para salvar a própria vida ou a de outra pessoa? E o que dizer da hipocrisia? Como se pode ver, a mentira tem muitas facetas, e as respostas nem sempre são fáceis. Vejamos alguns casos bíblicos.
Grandes homens de Deus, como Abraão, Isaque, Jacó, Davi, mentiram. E todos eles colheram nesta vida os seus frutos amargos. Ananias e Safira cometeram um delito mais grave, mentindo ao Espírito Santo. E “perderam esta vida e a futura” (Atos dos Apóstolos, p. 76).
Raabe, a meretriz de Jericó, mentiu para salvar os espias israelitas, e com isso salvou também a própria vida e a de seus familiares. Ela teve a honra de ser ancestral do Salvador do mundo, o seu nome figura na galeria da fé em Hebreus 11. No entanto, a Bíblia não a elogia porque mentiu; apenas relata o que aconteceu. Ela foi elogiada, não por sua mentira, mas por ter acolhido os espias israelitas, fazendo-os partir por outro caminho (Tg 2:25).
Um episódio curioso é o do profeta Samuel, que por ordem divina deveria ir a Belém com a missão primordial de ungir Davi como rei de Israel, enquanto Saul ainda era rei (1Sm 16). Samuel, entretanto, objetou, dizendo a Deus que Saul o mataria quando soubesse disso. Então Deus aliviou-lhe os temores, esclarecendo que a unção de Davi não seria pública, para não enraivecer Saul. Seria um ato doméstico, que não chamaria tanto a atenção. Para isso, Samuel deveria tomar um novilho para ser oferecido como sacrifício, mas sem revelar que, juntamente com o sacrifício, também ocorreria a unção de um novo rei. Não havia nada de errado em agir secretamente, pois Samuel não devia explicações a Saul, nem Deus lhe pediu que contasse a todos sobre a unção de Davi.
Jesus Cristo fez a mesma coisa com os discípulos ao recusar-Se a revelar tudo o que sabia: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16:12).
Podemos adotar aqui o seguinte princípio: “Mas, embora a verdade não possa ser dita inteiramente em todas as ocasiões, nunca é necessário nem justificável enganar” (A Ciência do Bom Viver, p. 245).
Hoje é o Dia da Mentira, um dia para não ser comemorado pelos que amam a verdade.
Você tem certeza de que nunca mentiu? Nem mesmo para agradar à dona-de-casa, jurando que a sopa de jiló e a salada de berinjela estavam uma delícia? Ou afirmando a um doente terminal que a aparência dele está ótima e que ele logo vai ficar bom? Ou escondendo suas verdadeiras intenções?
Meias-verdades também são mentiras? E exagerar ou diminuir uma verdade? É lícito mentir para salvar a própria vida ou a de outra pessoa? E o que dizer da hipocrisia? Como se pode ver, a mentira tem muitas facetas, e as respostas nem sempre são fáceis. Vejamos alguns casos bíblicos.
Grandes homens de Deus, como Abraão, Isaque, Jacó, Davi, mentiram. E todos eles colheram nesta vida os seus frutos amargos. Ananias e Safira cometeram um delito mais grave, mentindo ao Espírito Santo. E “perderam esta vida e a futura” (Atos dos Apóstolos, p. 76).
Raabe, a meretriz de Jericó, mentiu para salvar os espias israelitas, e com isso salvou também a própria vida e a de seus familiares. Ela teve a honra de ser ancestral do Salvador do mundo, o seu nome figura na galeria da fé em Hebreus 11. No entanto, a Bíblia não a elogia porque mentiu; apenas relata o que aconteceu. Ela foi elogiada, não por sua mentira, mas por ter acolhido os espias israelitas, fazendo-os partir por outro caminho (Tg 2:25).
Um episódio curioso é o do profeta Samuel, que por ordem divina deveria ir a Belém com a missão primordial de ungir Davi como rei de Israel, enquanto Saul ainda era rei (1Sm 16). Samuel, entretanto, objetou, dizendo a Deus que Saul o mataria quando soubesse disso. Então Deus aliviou-lhe os temores, esclarecendo que a unção de Davi não seria pública, para não enraivecer Saul. Seria um ato doméstico, que não chamaria tanto a atenção. Para isso, Samuel deveria tomar um novilho para ser oferecido como sacrifício, mas sem revelar que, juntamente com o sacrifício, também ocorreria a unção de um novo rei. Não havia nada de errado em agir secretamente, pois Samuel não devia explicações a Saul, nem Deus lhe pediu que contasse a todos sobre a unção de Davi.
Jesus Cristo fez a mesma coisa com os discípulos ao recusar-Se a revelar tudo o que sabia: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16:12).
Podemos adotar aqui o seguinte princípio: “Mas, embora a verdade não possa ser dita inteiramente em todas as ocasiões, nunca é necessário nem justificável enganar” (A Ciência do Bom Viver, p. 245).
Hoje é o Dia da Mentira, um dia para não ser comemorado pelos que amam a verdade.
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